A PROEMINÊNCIA DA JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ NA TEOLOGIA DE PAULO AOS ROMANOS 5,12-21.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Vieira, Misael Juvenil
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Ciências da Religião
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
sin
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/892
Resumo: O texto de Rm 5,12-21 é revisitado a partir do contexto geral da Carta. São os temas periféricos e as intencionalidades que se escondem por detrás dos textos que ajudam a delinear o tema central da Carta, que é a graça, como dom de Deus, da qual resulta a justificação pela fé. A Carta aos Romanos mostra Paulo como uma pessoa pluralizada e com forte noção coletiva. A exposição do texto de Rm 5,15-21 contraria a ideia de um Paulo iracundo, ressentido, triste e melancólico. Nessa passagem vemos o fluir de uma alegria transbordante, a qual ele deseja repassar às comunidades que ainda se vinculavam ao conceito da salvação adquirida através das obras da Lei. O pecado, do qual resulta a morte, é apenas lembrança, para os que alcançam a entrada do reino da vida. Por isto Paulo não deve ser lido como autor da teologia da morte, mas da vida. A luta para alcançar a plenitude da graça e da justificação pela fé é uma luta pela liberdade, tema bastante apropriado para fazer frente à opressão imperial romana. Essa alegria transcende o indivíduo e se expande à esfera comunitária e social. O recebimento da graça de Deus pelo homem permite que este sirva e ame ao Senhor por opção própria e não por imposições institucionais. O sintoma mais profundo de liberdade se manifesta naquele que serve com alegria. Paulo não prioriza indivíduos na sua teologia e sim uma sociedade livre. Uma sociedade alcançada pela liberdade da graça e da retidão da justiça de Deus, certamente, é uma sociedade pronta para viver a realidade da justiça social.