UM CERCO DE LISBOA ESTETICAMENTE CONSTRUÍDO ENTRE DOIS TEMPOS E DUAS ESTAÇÕES.
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/3201 |
Resumo: | Este trabalho tem por objetivo apresentar uma análise literária do romance História do cerco de Lisboa do escritor português José Saramago, publicado em 1989, apresentando-o como uma metaficção historiográfica, termo cunhado pela crítica canadense Linda Hutcheon, após diferenciar as produções contemporâneas em relação ao romance histórico tradicional, este, proposto pelo húngaro Georg Lukacs. Além desta proposição, será tratado neste trabalho o dialogismo que permeia esta escritura, seja o cruzamento entre textos em forma de intertextualidade, tendo por referência a crítica de Julia Kristeva, esta, como leitora do teórico russo Mikhail Bakhtin; seja pelo diálogo interlocutivo, na qual o leitor, ao acompanhar o trabalho estético, convive seus olhares entre dois tempos, cuja fundamentação é atravessada pelos pressupostos dos teóricos pertinentes à Escola de Constança, Hans Robert Jauss e Wolfgang Iser. Por último, ao analisar os limiares entre o discurso histórico em cruzamento com o discurso literário, a fundamentação será baseada de acordo as postulações dos historiadores da Nova História, cuja semelhança é retratada na obra pela voz do personagem protagonista, o revisor Raimundo Benvindo Silva, sobretudo, em relação ao seu discurso crítico que encara a historiografia, como literatura, principalmente por ser narrativa e construída em forma de textos. |