Prevenção à violência de gênero na escola pública: rompendo silêncios

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cantares, Tamiris da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15588
Resumo: A presente pesquisa de doutorado buscou defender a tese de que a psicologia crítica presente na escola pública contribui para a prevenção da violência de gênero. A violência de gênero contra as mulheres e meninas tem altos índices de notificações na América Latina e no Brasil, porém, há pouca ênfase em ações preventivas de enfrentamento, em especial no campo da educação pública brasileira. Para defender a tese apresentada apoiamo-nos em fundamentos teórico-metodológicos como a epistemologia qualitativa inspirada pelo materialismo histórico-dialético e o feminismo interseccional, por meio da pesquisa ação-participação. As fontes de informação utilizadas foram os diários de campo produzidos pela pesquisadora-psicóloga inserida no projeto de pesquisa, ensino e extensão Espaço de Convivência, Ação e Reflexão (ECOAR), no município Campinas/SP, de 2017 a 2019. A análise foi realizada com o auxílio do programa Atlas T.I. a partir da construção interpretativa da pesquisadora que buscou identificar as principais contribuições da psicologia crítica para a prevenção à violência de gênero em uma escola pública de ensino fundamental, com crianças de 11 a 16 anos. Nesse sentido, destacamos as ações preventivas de desnaturalização das violências por meio da criação de espaços dialógicos de convivência, ação e reflexão com vistas a fortalecer os vínculos entre as e os participantes no campo escolar. Para isso, nós utilizamos diversos indutores escritos e não-escritos para a criação do vínculo com as participantes de modo a promover a participação, a expressão de sentimentos, a resolução de conflitos, a articulação da rede de proteção e a ampliação das possibilidades individuais e coletivas de ação frente às situações-limites manifestas na escola, como a violência de gênero. Por último, concluímos que a presença cotidiana da psicologia crítica no campo da educação pública é um elo fundamental para o planejamento, execução e avaliação de ações preventivas ao fenômeno social da violência de gênero em parceria com as diferentes personagens da escola.