Análise comportamental em depressivos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Campos, Ana Paula Azevedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15861
Resumo: O transtorno depressivo é um dos mais freqüentes e incapacitantes problemas da atualidade, e é considerado um dos grandes motivos pela busca de serviços de saúde em todo o mundo. Caracteriza-se por humor triste, melancolia, choro fácil, apatia, tédio, aborrecimento crônico, irritabilidade aumentada, ansiedade, angústia, desespero, desesperança, fadiga, cansaço, desânimo, diminuição da vontade, entre outros sintomas. Do ponto de vista da Análise do Comportamento, a depressão deve ser compreendida a partir da análise das contingências que a mantêm, visto que são nas relações com o ambiente externo que devem ser buscadas as explicações para o comportamento. Seguindo a perspectiva de que um comportamento deve ser estudado nos termos da sua função, a depressão poderia ser entendida como classes de respostas selecionadas e desenvolvidas ao longo da vida do indivíduo a partir de suas interações com o meio. O objetivo do presente trabalho foi identificar relações funcionais no relato verbal de cinco pessoas com diagnóstico de depressão. Optou-se analisar os comportamentos de maior freqüência em cada participante, e para a seleção dos comportamentos utilizou-se o Inventário de Depressão de Beck, entrevistas clínicas e auto-observação. Após a seleção dos comportamentos foram feitas outras entrevistas clínicas objetivando coletar dados sobre a função dos comportamentos de maior freqüência e informações sobre a história de vida em cada participante. A análise dos dados foi feita enfatizando-se os processos de análise do comportamento que poderiam estar relacionados ao comportamento analisado. Os resultados apontaram processos funcionais parecidos em todos os participantes. As contingências envolvidas no comportamento de maior freqüência em cada um foram de reforçamento negativo e, logo, tiveram função de esquiva de situações aversivas. Na investigação da história de vida relacionada ao comportamento de maior freqüência, foram encontrados aspectos de aprendizagem do comportamento e de reforçamento negativo, como freqüentes situações de esquivas, baixa incidência de reforçamento positivo, punições freqüentes na infância e adolescência e perda de reforçadores positivos. Conclui-se que a análise das contingências envolvidas no comportamento de maior freqüência e a investigação das relações estabelecidas na história de vida nesses participantes foram um método adequado para obter dados a respeito da depressão, além de fornecer informações sobre a interação desses sujeitos com seu ambiente. Dessa maneira, investigações como a apresentada auxiliam para uma avaliação mais precisa de cada caso, contribuindo para uma intervenção clínica mais adequada.