Emancipação feminina sob autoridade masculina: aspectos religiosos e sociais das mulheres assembleianas no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rocha, Aretha Beatriz Brito da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/14833
Resumo: A presente pesquisa tem por objetivo investigar os aspectos que definem o “lugar” da mulher no contexto religioso brasileiro das Assembleias de Deus. Para isso, foi necessário trabalhar com fenômenos que são de suma importância para delinear os meandros deste evento, que ultrapassam as questões religiosas e se encontram totalmente envolvidos também com ditames sociais, tornando pertinente nomear esta análise como algo que permeia os dois universos, ou seja, como uma investigação que é em seu cerne social e religiosa. Assim sendo, do ponto de vista da religião, tomam-se as Assembleias de Deus como foco central, buscando compreender as características principais dessa denominação, a partir da construção de uma análise de conteúdo que abarca algumas mídias que tem como público-alvo as mulheres cristãs e assembleianas. Já do ponto de vista social, tendo como ferramenta metodológica a perspectiva weberiana, a partir dos seus tipos “puros” de dominação e a questão do poder, procurou-se fazer uma leitura sociológica acerca da condição feminina e, consequentemente, da mulher pentecostal e assembleiana, mediante a construção de um olhar teórico que auxilia na apreensão de um panorama que, por vezes, se encontra condicionado a uma situação de submissão/inferioridade das mulheres, na qual os homens detém para si todos as condições para se manter em posição de superioridade, ao mesmo tempo em que determinam o gênero feminino como dispensável, oferecendo um falso poder a elas na medida em que tal prática atende aos seus próprios interesses de dominador, retirando-lhes toda a sua autonomia. Tais pontos estão em constante diálogo entre si, e é justamente através dessa relação que se constrói uma reflexão acerca da história das categorias “Assembleias de Deus” e “mulheres”, levando em consideração os possíveis avanços e retrocessos, a tradição como estagnação, a moral como “lei inviolável” e o poder absoluto para poucos uma norma, impactando diretamente no desenvolvimento da sociedade contemporânea.