Lógica de organização territorial Guarani e as sobreposições produzidas pelos processos de urbanização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Araújo, Adelita de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16084
Resumo: Esta pesquisa busca demonstrar que a cultura Guarani possui uma lógica de organização territorial que alcança as escalas locais, regionais e macrorregionais. Para isso utiliza o arcabouço teórico do conceito de Paisagem Cultural, que impõem ao território a capacidade de oferecer ao homem os recursos que sustentam uma cultura. Com o objetivo de incorporar novas ideias e realidades, a tese recompõe a história, observando que mesmo antes da chegada do homem europeu os Guaranis já se estabeleciam de forma ordenada, com diversos fundamentos territoriais que permanecem até os dias de hoje. Na análise histórica e cartográfica, é possível constatar que os Guaranis foram historicamente submetidos a sucessivas sobreposições de lógicas territoriais, seja espanhola, jesuíta, pombalina, imperial ou republicana, alterando e impedindo sua organização, impondo novas formas de vida, sempre incompatíveis e intolerantes à sua cultura. Frente a ideias amplamente admitidas, esta pesquisa confirma que os Guaranis tem amplo conhecimento da lógica territorial, da agricultura e não são povos nômades ou migrantes, mas foram historicamente pressionados a encontrar novos territórios, com amplitude e complexidade ambiental apropriada, onde pudessem restabelecer sua organização a fim de recompor a sua cultura. Mesmo na atualidade, as ações de assentamento, integração e assistência social aos Guaranis, continuam a promover o mesmo binômio de sobreposição e migração, pois estão baseados na mesma política de substituição de valores, significados e modos de vida.