“As travessuras do amarelo”: a autorregulação da aprendizagem em um projeto com alunos do 3º ano do ensino fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Faria, Ana Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15507
Resumo: Entendemos que o professor pode auxiliar intencionalmente os alunos na construção de estratégias de autorregulação de suas aprendizagens com o objetivo de que eles se tornem agentes deste processo. A partir desse pressuposto, o objetivo geral desta pesquisa é investigar se e como há mudanças de comportamento relacionadas aos aspectos sociomorais e cognitivos em alunos do 3º ano do Ensino Fundamental participantes de um projeto de autorregulação. Por objetivos específicos apresentamos: i) Analisar o modo como as crianças interagem e participam das atividades do projeto; ii) Analisar a postura, a fala e os comportamentos dos alunos que evidenciem questões relacionadas aos aspectos sociomorais e cognitivos em sala de aula. Essa pesquisa caracteriza-se como um estudo descritivo e exploratório, de caráter qualitativo, fundamentado na perspectiva sociocognitiva. A pesquisa foi desenvolvida em um Colégio de Aplicação de uma cidade do interior do Estado de São Paulo e teve como sujeitos 20 alunos, com idades entre oito e nove anos, e uma professora do 3º ano do Ensino Fundamental. Para a produção do material empírico foram utilizados como instrumentos 1) a observação da sala de aula, para a qual utilizamos um protocolo de observação geral e outro com foco no comportamento dos alunos, destacando alguns pontos específicos para conduzir a observação, tais como: regras, interações entre pares e entre professora e alunos, realização das atividades e estratégias de autorregulação da aprendizagem; 2) entrevistas com foco na percepção da professora sobre o projeto, seu desenvolvimento em classe e as aprendizagens observadas por ela. A análise dos dados qualitativos foi realizada a partir da perspectiva da análise de conteúdo, a partir de dois eixos: A interação e participação das crianças nas atividades do projeto “As travessuras do Amarelo”; Postura, fala e comportamentos que evidenciam questões morais e cognitivas. O eixo 1 abarcou três categorias: Ajuda social; Organização e transformação; Atenção; e o eixo 2 cinco categorias: Iniciativa para resolver situações por meio do diálogo; Estudo; PLEA durante as atividades do projeto; Manifestação de opiniões e sentimentos; Comportamento na ausência da professora V. Os resultados indicaram: a) mudanças de comportamento que, embora discretas, são indícios de que os alunos estavam se apropriando das estratégias de autorregulação, a partir do desenvolvimento do projeto “As travessuras do Amarelo”; b) mudanças principalmente com relação a organização geral dos alunos e autonomia na resolução de conflitos. Com esta pesquisa, espera-se contribuir com a discussão sobre autorregulação na Educação Básica no âmbito da formação de professores e destacar a importância da aprendizagem significativa, autônoma e feliz do aluno.