Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Porkate, Eliza Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16063
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Resumo: |
Estudar o processo de estresse-coping da ansiedade de dentista pode ajudar na adesão ao tratamento odontológico. Este estudo descreveu e analisou o processo de enfrentamento do estresse da consulta odontológica, a partir de uma perspectiva do coping como autorregulação sob estresse. Participaram 30 pacientes de uma clínica-escola de Odontologia de uma cidade de grande porte do Estado de São Paulo, sendo 21 pré-adolescentes e nove adolescentes, com idade entre 9 e 15 anos (M = 11,07; DP = 1,91). Foram usados os instrumentos: (a) Protocolo de caracterização dos participantes, com dados clínicos dos pacientes, e classificação do nível socioeconômico familiar; (b) Protocolos de entrevista para levantamento de estressores; (c) Responses to Stress Questionnaire (RSQ) com adaptação linguística autorizada para o estresse de consultas odontológicas - o RSQ/DA [Dentist Appointments], com identificação e avaliação de estressores e seu enfrentamento, respondidos individualmente pelos participantes. O RSQ-DA contém uma escala de quatro pontos sobre estressores, com 10 itens, que foram especialmente elaborados, com consulta da literatura da área e a três odontopediatras e seis pacientes. A versão foi submetida a três especialista de Odontologia, três de Psicologia, e três pacientes. Foi feita a tradução para o inglês e a retrotradução, sendo a validação linguística aprovada pelos autores. O RSQ-DA contém também uma pergunta sobre quanto o respondente sente que tem controle sobre esses estressores. Uma segunda parte tem 57 itens, respondidos em escala de quatro pontos, organizados em cinco fatores: Engajamento por Coping de Controle Primário, Engajamento por Coping de Controle Secundário e Desengajamento; e respostas involuntárias ao estresse – Engajamento Involuntário e Desengajamento Involuntário. Foram feitas análises estatísticas descritivas e inferenciais. Obtiveram-se bons índices de confiabilidade em todos os fatores do RSQ-DA. Os estressores mais frequentes foram ter que parar ou reduzir alguma atividade para ir à consulta odontológica, não conseguir falar, ter um estranho olhando e cutucando a boca. Os níveis de estresse foram baixos (M = 1,87, indicativo de respostas “nunca” e às vezes”) e os pacientes avaliaram que “quase sempre” têm controle da situação. As respostas aos estressores foram adaptativas, relativas ao Engajamento por Coping de Controle Secundário, especialmente por meio de coping de Aceitação; mas, respostas de Engajamento Involuntário, como excitação fisiológica e emocional também foram frequentes; o Desengajamento foi menos frequente. Os participantes mais velhos e com maior escolaridade apresentaram maior Engajamento por Coping de Controle Secundário, com respostas voltadas à adaptação ao problema. A amostra não se diferenciou em relação ao sexo e aos motivos da consulta. Os dados podem subsidiar a Odontologia indicando também a necessidade da adequação de práticas profissionais às características de enfrentamento dos pacientes mais novos. O uso de distratores, a exemplo da música e televisão na sala de espera e no consultório, indicados pelos participantes como uma estratégia de enfrentamento adaptativa, pode otimizar o atendimento, facilitando para os profissionais e os pacientes. |