Resumo: |
A presente pesquisa tem como ponto de partida abordar o Complexo Prisional Campinas-Hortolândia/SP, seu entorno e seus usuários a partir da história oral. Essa unidade analisada possui um volume prisional que supera em 92% a sua capacidade, fenômeno esse que se repete em praticamente todo o território nacional. Tal quadro sinaliza a precarização do sistema prisional brasileiro, bem como o drama vivenciado pelos familiares e pessoas próximas aos internos, realidade essa que é reprisada por mais de 700 mil pessoas no país, fato esse que coloca o país como portador da terceira maior população prisional do mundo. Como técnica de pesquisa, propõe-se inventariar a história oral entendida como procedimento dotado da virtude de captar aspirações, desejos, anseios e projetos dos homens lentos é dos errantes que circundam aquele espaço, visto que a metodologia é um método-fonte que retoma a prática mais fundamental da humanidade que é o ouvir, porém agora dotada de métodos e modelos estruturados. Como resultado desse processo se chegou ao entendimento é impossível analisar uma unidade prisional isolada, visto que o sistema carcerário brasileiro funciona de forma interligada e funciona como um sistema de engenharia, sendo responsável pela geração de um grande fluxo que se baseia nos fixos instalados. |
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