Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Garbin, Luciana de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15966
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Resumo: |
O presente estudo buscou compreender as representações sociais de trabalhadores acidentados e não acidentados sobre o acidente de trabalho e o retorno às atividades profissionais. Para tal, examinou o processo histórico da organização do trabalho desde o segundo momento da Revolução Industrial, no século XIX, até as modificações mais recentes em razão da reestruturação produtiva, constatando fatores contributivos para a ocorrência de acidentes de trabalho na atualidade. Como pressuposto de análise destacou a importância e a necessidade de os profissionais da área de reabilitação considerarem as representações dos trabalhadores acidentados no momento do retorno ao trabalho. O presente estudo empregou como metodologia de pesquisa a abordagem qualitativa com a realização de entrevistas semiestruturadas com sete trabalhadores acidentados que estavam em processo de reabilitação e dois trabalhadores que nunca sofreram acidente de trabalho. Os dados obtidos foram submetidos a uma análise de conteúdo, que focalizou duas categorias principais de representações sociais: do acidente de trabalho e do retorno às atividades após a recuperação. Identificou-se que a construção da representação social sobre o acidente pelos trabalhadores acidentados percorre um caminho dinâmico, indo de uma concepção de culpa à identificação de falhas nos processos de trabalho. Diferentemente, os trabalhadores não acidentados representam o acidente de trabalho de modo estático, como um evento decorrente de falha humana e de possíveis erros nos processos de trabalho. O retorno ao trabalho foi representado pelos trabalhadores acidentados como uma possibilidade de serem desligados de suas atividades profissionais pela empresa, embora reconheçam seus direitos trabalhistas, enquanto os trabalhadores não acidentados representam o retorno de seus colegas de trabalho como um momento difícil a ser enfrentado e, assim, estes necessitam de acolhimento por aqueles que os recebem na empresa. Os resultados deste estudo possibilitam o aprimoramento das políticas de saúde do trabalhador, especialmente, dos processos de reabilitação de acidentados no trabalho. de modo a amenizar os efeitos psicossociais do acidente. |