Crianças pré-escolares e prisão paterna: percepção de familiares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Beckman, Marcia Valeria Reis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15827
Resumo: Considerando a diversidade e a adversidade dos contextos de desenvolvimento da criança, sobretudo de famílias excluídas sócio-economicamente, esta pesquisa procurou compreender o desenvolvimento de crianças em idade pré-escolar, filhas de presidiários a partir da percepção de familiares. Sendo assim, este trabalho foi organizado em três eixos de discussão: o primeiro tentou entender o sistema prisional por meio da exclusão sócio-econômica, da desigualdade social e da violência urbana, aspectos causados pelo sistema neoliberal; o segundo trouxe os principais conceitos da abordagem ecológica do desenvolvimento humano; e o terceiro, fez um breve histórico da educação pré-escolar e de sua importância como contexto de desenvolvimento humano. Este estudo adotou como metodologia a pesquisa qualitativa, tendo três fontes de coleta de dados: a observação participante, as entrevistas e os diários de campo da pesquisadora. Os participantes desta pesquisa foram quatro crianças e quatro familiares delas. No processo de análise dos dados colhidos, organizamos as informações obtidas em duas partes: a primeira discutiu os resultados obtidos por meio das entrevistas com os familiares das crianças filhas de presidiários; a segunda trabalhou com os dados coletados durante as observações participantes e dos diários de campo da pesquisadora. Os resultados indicaram que a prisão paterna gera impactos no desenvolvimento das crianças, e que a família funciona como fator de risco e de proteção, dependendo da maneira como lida com esta questão. Além disso, percebeu-se que a escola não estava preparada para trabalhar com esta problemática, e, portanto, associava o comportamento agressivo das crianças à situação prisional do pai. E, por fim, evidenciou-se a não existência de políticas públicas voltadas para familiares de presos.