Stress e estilo parental materno no transtorno de déficit de atenção e hiperatividade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Bargas, Joseana Azevedo e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15919
Resumo: Este estudo avaliou a relação entre stress e estilo parental materno no stress dos filhos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Participaram desta pesquisa 25 mães e seus respectivos filhos, com média de idade de 9.4 anos, sendo que maioria das crianças participantes foram meninos. As crianças foram avaliadas pela Escala de Stress Infantil e as mães pelo Inventário de Sintomas de Stress para Adulto e Inventário de Estilos Parentais. Os resultados indicaram um alto índice de stress nesta amostra, pois 72% das mães e também das crianças apresentaram sintomas de tensão excessiva. Entre as mães com stress, 60% estavam na fase de resistência com a prevalência de 72% de sintomas psicológicos. No que se refere às crianças, 36% estavam na fase de resistência sendo que 47% apresentavam predominância dos sintomas psicológicos. Quanto à classificação do estilo parental, houve predomínio do estilo parental de risco seguido pelos estilos regular, bom e ótimo, sendo que 81% das mães que possuíam estilo parental de risco também apresentaram sintomas de stress. Este resultado independe do subtipo de TDAH. O maior número de crianças com sintomas de stress é do subtipo combinado, seguido pelas crianças hiperativas, enquanto o stress parece atingir menos as crianças do subtipo desatento. Encontrou-se uma associação significativa entre subtipo de TDAH e tipo de sintoma de stress materno (p=0009) indicando que a desatenção é uma condição menos estressante para as mães com filhos desatentos as quais apresentavam um número menor de sintomas de stress e de natureza psicológica. Já com as mães de crianças hiperativas, ocorria o oposto, todas as mães apresentaram sintomas de stress com predominância dos sintomas físicos. Deste modo os resultados indicam uma diferenciação nos sintomas do stress materno em função do subtipo do TDAH. Outro resultado importante refere-se à intensidade dos sintomas do stress infantil. Observou-se um dado significativo (p= 0.001) de que o stress potencializa os sintomas de dificuldades atencionais. Conclui-se que esta população apresenta alto nível de stress, estilo parental classificado como de risco, que a sintomatologia do stress materno tem relação com o subtipo de TDAH e que e os sintomas de desatenção são potencializados pela tensão excessiva. Deste modo acredita-se que programas que instrumentalizem as mães e as crianças a lidarem com o stress possam trazer grandes benefícios para a qualidade de vida destas pessoas, através da minimização dos sintomas de desatenção e aumento da utilização de práticas parentais positivas.