Movimento social da diversidade sexual e política social: quais são os dilemas?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Marçal, Cristiane Ramos de Matos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15912
Resumo: Este estudo analisa a função das políticas sociais da diversidade sexual, o papel da V Conferência Municipal de Políticas Públicas LGBT e elementos do movimento da consciência presentes em um grupo do movimento social da diversidade sexual do município de Campinas/SP. A pesquisa foi realizada pelo registro da participação de 11 integrantes do grupo na reunião preparatória para a conferência. A reunião foi gravada e transcrita com a autorização de seus membros. Dentre os participantes havia um dos fundadores do grupo e participantes que começaram a ir a suas reuniões este ano. A análise se utilizou do materialismo histórico dialético, por meio da construção de unidades de sentido. Os resultados evidenciaram que os sujeitos não distinguem políticas públicas e políticas sociais e as separam das políticas econômicas. A ideológica universalização do ser humano como cidadão, pelo Estado, foi revelada por meio da revolta, e a política social foi reconhecida como limitada, mas a contradição se expressa no ruim com ela, pior sem ela . O processo da realização da V Conferência Municipal de Políticas Públicas para LGBT de Campinas/SP, como instrumento de participação popular, é tido como limitado, sem efetividade, mas suas contradições ainda não foram explicitadas. Mesmo assim, o grupo reconhece que esse processo pode ser um importante espaço de encontro do próprio movimento e de pessoas novas, bem como momento de formação tendo a possibilidade de revelar as contradições do Estado, enquanto mediador da inconciliável desigualdade imposta pela luta de classes. Foi possível observar o movimento contraditório da consciência comprometendo os rumos do movimento, levando-o a adaptar-se à ordem, alienar o ser humano de sua condição de desenvolvimento, descolando a subjetividade da objetividade, da materialidade que a determina e impossibilitando a passagem para a consciência da necessidade de transformação da sociedade.