Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Claudia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15711
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Resumo: |
Um dos grandes desafios que cercam o debate do processo de inclusão escolar são os aspectos intrínsecos que direcionam essa questão nas diferentes esferas sociais, dentre eles, a esfera individual do aluno incluído. Subsidiada pela Teoria da Subjetividade de Gonzalez Rey, esta pesquisa busca enfatizar os aspectos subjetivos envolvidos na configuração de alunos com necessidades especiais e seus professores no processo de inclusão escolar, a fim de alocá-los a um novo espaço de interlocução social, como sujeitos ativos e construtivos de suas próprias construções e significações. Para tanto, lança como objetivo geral compreender as relações de subjetivação de alunos com necessidades especiais e seus professores no processo de inclusão escolar, e como as dinâmicas escolares se constituem como mediação dessas relações. Foram participantes do estudo três professoras, sendo uma do Ensino Infantil e duas do Ensino Fundamental, um aluno com transtorno global do desenvolvimento, uma aluna com deficiência física e duas alunas com necessidades comportamentais, de uma escola particular da região do ABCD/SP. Os procedimentos metodológicos amparados por uma epistemologia qualitativa de pesquisa, contou com recursos metodológicos que incluíram observações, sistemas conversacionais, entrevistas de aprofundamento, que foram realizadas no acompanhamento diário da pesquisadora da rotina escolar dos professores e alunos, durante o período letivo de um ano, que se estruturou em nove meses de pesquisa. As informações foram analisadas a partir dos indicadores que contemplavam os núcleos de significação, assim como os sentidos subjetivos de cada participante isoladamente. Posteriormente, puderam ser elencados núcleos de convergência dos indicadores dos participantes divididos, núcleos de subjetivação de professores e núcleos de subjetivação de alunos. Os espaços de subjetivação dos professores puderam ser organizados pelos seguintes eixos: 1) necessidade / impossibilidade de atividades pedagógicas diferenciadas; 2) consideração / desconsideração da complexidade do desenvolvimento e, 3) possibilidades reduzidas de identificação / pertença. Já os núcleos que contemplam a vivência dos alunos; 1) construção do conhecimento x burocratização do ensino; 2) estereótipo do aluno perfeito x sofrimento pelo fracasso; 3) valorização excessiva do eu x consideração da alteridade. Compreender a relação de interdependência entre esses espaços vividos e configurados por professores e alunos em suas rotinas escolares, possibilitou a conclusão de que para repensarmos a transformação das realidades sociais dos alunos com necessidades especiais e seus professores no processo de inclusão escolar, e sua inclusão efetiva do ponto de vista psicológico e social, a fim de que configurem sentidos atrelados a sua autorepresentação, com resguardo as suas diferenças e alteridades, com a garantia de intercâmbios sociais satisfatórios que os aloquem a esfera interacional em suas relações, é urgente incorporarmos a instauração nos procedimentos pedagógicos, dinâmicas e processos dialógicos que possibilitem aos sujeitos posicionarem-se, discordarem, concordarem, submeterem-se, subverterem-se, refletirem, dentro de suas reais possibilidades de desenvolvimento nas esferas individuais e sociais. |