Negros e brancos: identidade e território em Campinas (1888-1956)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ghirello, Bárbara Campidelli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16254
Resumo: O presente trabalho desejou investigar a localização espacial da população e da cultura negra em Campinas-SP entre os anos 1888 e 1956 e analisar as intervenções urbanas realizadas no período, identificando seu caráter disciplinador e autoritário. Com os objetivos de visibilizar a ancestralidade africana na história da cidade e de desconstruir a ideia de inevitabilidade e de neutralidade política relacionada à consolidação do espaço urbano e ao crescimento das cidades, a pesquisa pretendeu contribuir com os estudos recentes sobre a importância da cultura de matriz africana e levantar debate acerca dos pensamentos por trás da territorialidade brasileira e, em especial, da cidade de Campinas. A pesquisa se pautou em analises bibliográficas, cartográficas, iconográficas, de legislação urbanística, de documentação jornalística, e construção de cartografias, através das quais se constatou que a cultura e identidade euro-brasileira, com seu senso de dominação e poder, neste período, se impôs e coagiu a cultura e identidade afro-brasileira, fazendo nascer um ambiente urbano campineiro marcado pela identidade branca dos barões do café e pela invisibilização não só da negritude mas também de qualquer outra possibilidade de cenário urbano, que não aquele estabelecido no imaginário desta cidade.