Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Polito, Jéssica de Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16195
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Resumo: |
Este trabalho faz uma análise histórica sobre o processo de formação e reestruturação do leste paulista, entre os séculos XVII e XIX, a partir da identificação de algumas das redes urbanas e sociais que se estabeleceram em função das questões econômicas, políticas, administrativas e tecnológicas pertinentes ao período. Nesse sentido, detemonos à análise dos dois primeiros núcleos formados e fundados nessa região: Mogi Guaçu e Mogi Mirim, os quais atuaram como conexões oficializadas dessa rede, além de fronteira e zona de contato entre o território civilizado paulista aquele já conhecido, mapeado e onde a Igreja se fazia presente e o sertão a porção de terra apartada do mar e pouco conhecida. Buscamos mostrar como o binômio das Mogis atuou como um epicentro propulsor de urbanidade para o referido sertão através de tal rede urbana que se formou e se tornou gradativamente mais ampla e complexa. A análise atenta para as fontes documentais oficiais buscando, através delas, esclarecer o contexto regional de disputas territoriais e sociais, hierarquização e fiscalização do território, bem como os impactos da mineração e da lavoura de cana de açúcar na construção do imaginário urbano e as influências de cada um desses temas no próprio tecido urbano das Mogis. Dessa forma, esta pesquisa buscou ressaltar a relação dialética existente entre território e tecido urbano, bem como atentar para o fato de que no Brasil Colonial também houve momentos em que o controle, fiscalização e hierarquização do território não se deram unicamente em função da atuação da Igreja Católica, sendo possível Governo e Igreja correr paralelamente pelo domínio e hierarquização dessas terras. Frente aos dados levantados, relativizamos também as informações contidas nos relatos elaborados pelos viajantes estrangeiros do século XIX. Procuramos demonstrar que no leste paulista ocorreu os reflexos de vários momentos emblemáticos para o Brasil e São Paulo, contrapondo-se à visão desses viajantes de que o sertão era uma área desinformada, desconhecida, carente de informações e habitada por pessoas brutas e ignorantes . |