Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Incerpe, Patrícia Regina Bueno |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15788
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Resumo: |
Esta pesquisa objetivou compreender a experiência de profissionais que atendem mulheres em situação de violência em um Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). O CREAS é uma unidade pública gerada a partir das diretrizes da Política Nacional de Assistência Social (PNAS) e abrange a Proteção Social Especial (PSE) de Média Complexidade, oferecendo atendimento a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal ou social por ameaça ou violação de direitos, incluindo mulheres em situação de violência. Consistiu-se em uma pesquisa qualitativa de natureza fenomenológica embasada nos princípios formulados pelo filósofo alemão Edmund Husserl. A pesquisadora realizou encontros dialógicos individuais com seis participantes que incluíram psicólogas e assistentes sociais, todas mulheres. Os encontros foram iniciados com uma questão norteadora relacionada ao tema da pesquisa de forma a possibilitar às participantes discorrer livremente sobre suas próprias experiências. Após cada encontro, a pesquisadora construiu uma narrativa compreensiva a partir das suas impressões sobre a experiência da participante. Concluída esta etapa, foi elaborada uma narrativa síntese contendo os elementos significativos da experiência como um todo, a fim de se aproximar da estrutura essencial do fenômeno. Os elementos constituintes da experiência em pauta foram os seguintes: (1) as participantes percebem que alguns profissionais da rede de atenção à mulher reproduzem atitudes preconceituosas que contribuem para a vitimização das usuárias; (2) as participantes não se percebem como protagonistas nas tomadas de decisão por parte da instituição e, em decorrência, sentem-se frustradas e impotentes; (3) as participantes desenvolvem atitudes de empatia e identificam-se pessoalmente com as histórias vividas pelas mulheres em situação de violência e (4) nos atendimentos às mulheres, as participantes sentem-se solitárias em função da rede de atendimento não se mostrar efetiva na prática; apesar disto valorizam o trabalho que desenvolvem. Concluindo, ressalta-se a importância de estudos interdisciplinares que busquem compreender a experiência de profissionais, usuárias e autores de violência, no cotidiano das diversas instituições que compõem a rede de assistência à mulher em situação de violência de forma a possibilitar a superação dos problemas apontados nesta pesquisa e o aperfeiçoamento das políticas públicas. |