Tempo de espera: narrativas de casais que aguardam pelo primeiro filho adotivo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pekny, Vivian Mazzini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16017
Resumo: Os diversos sentidos atribuídos à adoção ao longo dos anos, assim como as diferentes legislações e processos que foram nascendo e se modificando, repercutem no imaginário da sociedade e dos futuros pais adotivos, participando do olhar desses pais sobre o filho e seu papel parental. O olhar e as expectativas dos pais sobre sua família adotiva podem contribuir ou dificultar a relação construída com a criança. Assim, o objetivo deste trabalho foi compreender os sentidos afetivo-emocionais sobre a adoção e a família adotiva para casais que estão passando pelo processo de adoção pela primeira vez. Participaram dessa pesquisa cinco casais, convidados pela pesquisadora em grupos de apoio à adoção os quais frequentavam. Os encontros foram realizados na residência de cada casal, utilizando-se a Narrativa Interativa como procedimento metodológico de acesso à experiência emocional de acordo com a perspectiva psicanalítica. A análise interpretativa do material narrativo permitiu a configuração dos seguintes campos de sentidos compartilhados pelos participantes: Tempo de espera: a gestação eterna; O peso da responsabilidade: o amor será suficiente?; e As múltiplas faces do processo de adoção: preparação ou treinamento? Esses campos que articulam a experiência coletiva dos participantes, quando discutidos à luz da literatura científica e das ideias de Donald Winnicott nos permitem compreender não somente a complexidade do processo que media a aproximação entre pais sem filhos e filhos sem pais, mas também toda a sua perversidade ao propor um modelo de parentalidade exemplar que mais distancia que aproxima a família adotiva de uma experiência viva e real.