Narrativas de jovens casais sobre o projeto de ter filhos na contemporaneidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Biffi, Mariana
Orientador(a): Granato, Tania Mara Marques
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15939
Resumo: A conjugalidade e a parentalidade tem sofrido grandes transformações na contemporaneidade, caracterizando-se como processos em transição que se articulam de modo a produzir novas expectativas conjugais, uma expressiva redução dos índices de natalidade, bem como o adiamento da decisão de ter filhos, em prol do desenvolvimento profissional. Torna-se, portanto, objetivo deste trabalho investigar os sentidos afetivo-emocionais atribuídos por jovens casais ao projeto de ter filhos na contemporaneidade. Foram realizadas entrevistas com sete casais, com idade entre 25 e 38 anos, que não tinham filhos. Como recurso metodológico, utilizamos uma Narrativa Interativa, história fictícia elaborada pela pesquisadora que convidou os participantes a conceber um desfecho para a trama apresentada. Os encontros foram registrados narrativamente de modo a contemplar tanto as associações dos participantes quanto as impressões pessoais da pesquisadora. O material narrativo reunido foi organizado em quatro campos de sentidos afetivo-emocionais que emergiram a partir da análise interpretativa, sendo discutidos à luz da teorização winnicottiana. O campo do Momento certo apresenta o contexto concebido como ideal para ter filhos; Se vier, será bem-vindo expressa o desfecho imaginado para uma gravidez que ocorre fora das circunstâncias idealizadas; Um é pouco, dois é bom e três é demais indica a dificuldade de conceber um espaço no relacionamento conjugal para a chegada de um filho e Velhos pais, novos pais que aponta para as contradições e dificuldades inerentes à tentativa de conciliação do modelo familiar tradicional com os ideais contemporâneos. O projeto de ter filhos parece se constituir na atualidade como fonte de angústia e ambivalência, sendo entrevisto pelos casais participantes como elemento perturbador da relação conjugal e do desenvolvimento pessoal e profissional.