Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Aching, Michele Carmona |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15906
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Resumo: |
A "mãe suficientemente boa" é capaz de reconhecer, respeitar e atender as necessidades básicas de seu bebê ao encontrar um ambiente de acolhimento para as próprias necessidades. Quando mulheres vivem em situação de vulnerabilidade social, investigar como se concebem os cuidados maternos nesse contexto torna-se pertinente e socialmente relevante. A fim de abordar a experiência materna em situação de precariedade, investigamos o imaginário de um grupo de mães abrigadas sobre a "mãe suficientemente boa", fazendo uso de um procedimento psicanaliticamente orientado que visa a instauração de um campo investigativo dialógico. A Narrativa Interativa é uma história fictícia pré-elaborada pela pesquisadora de forma a apresentar o tema a ser investigado, até o ponto em que a trama se interrompe, para que o participante a complete em direção a um desfecho. Como segunda etapa do procedimento é disponibilizado um espaço de discussão com o grupo de participantes, dando continuidade à elaboração da experiência materna. O registro do encontro foi realizado pela pesquisadora sob a forma de narrativas transferenciais, relato que conjuga as expressões das participantes com as impressões pessoais do pesquisador. As Narrativas Interativas e as narrativas transferenciais foram tomadas coletivamente como expressão dos sentidos afetivo-emocionais que fundamentam a experiência materna, sendo discutidas à luz do conceito winnicottiano da mãe suficientemente boa. Após a consideração psicanalítica das produções imaginativas das participantes frente à maternidade emergiram os seguintes campos de sentido afetivo-emocional: Maternidade e Desamparo que compreende a maternidade como fator de risco social e psíquico, tendo em vista a condição de vulnerabilidade destas mulheres, evidenciando o decorrente desamparo. O campo E agora eu, com essa criança, sozinha? aponta para a experiência de solidão e abandono, bem como o lugar de ausência do pai e o fato da responsabilidade parental recair exclusivamente sobre a mãe. No campo Mãe é quem faz e pronto! vislumbramos tanto a força materna como meio de superação de adversidades bem como o modo de se defender dos sofrimentos a que estão expostas. Como último campo, Mãe de primeira viagem capta as inseguranças maternas que costumam acompanhar a primeira gravidez e a relação com o primeiro filho. Para concluir fazemos uma reflexão sobre a mãe suficientemente boa em contexto de vulnerabilidade social. |