Vivências de internação de adultos em hospital geral: repensando o cuidado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Espinha, Tatiana Gomez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15824
Resumo: Este estudo teve a intenção de compreender fenomenologicamente as vivências de internação em uma enfermaria de adultos de um hospital geral. Esta compreensão teve a finalidade de trazer elementos para uma discussão sobre o cuidado prestado a essas pessoas do ponto de vista psicológico, tanto por parte do psicólogo como também de outros profissionais que no hospital lidem com elas. Optou-se pela utilização de uma pesquisa qualitativa do tipo fenomenológico para a compreensão das vivências de hospitalização. Foram participantes da pesquisa quatro adultos, sendo três mulheres e um homem. Eles se encontravam internados na enfermaria de um hospital do interior do Estado de São Paulo. As entrevistas foram realizadas a partir da modalidade não-diretiva ativa e redigidas sob forma de narrativa. A análise fenomenológica das narrativas se constitui dos seguintes passos: leitura de cada narrativa buscando o significado das vivências de hospitalização; construção de uma síntese da vivência da hospitalização para cada participante; elaboração de uma síntese compreensiva da vivência a partir de todas as narrativas. Concluiu-se que: 1)A hospitalização deve ser compreendida enquanto processo, pois os participantes saíram do hospital diferentes do que quando chegaram. 2)As mudanças ocorridas estavam ligadas ao estado de humor, aos sentimentos e aos relacionamentos das pessoas hospitalizadas. 3)A condição psicológica dos participantes interferiu em sua condição física e foi relevante para a qualidade da vivência de internação. 4)Os fatos objetivos, como o longo ou breve tempo de internação, não se mostraram tão importantes para a qualidade subjetiva da internação quanto o significado de sua vivência. 5)Alguns relacionamentos estabelecidos pelos participantes, durante a internação, continham reciprocidade e outros não possuíam este elemento. 6)Os cuidados relacionados a regras e rotinas hospitalares foram recebidos de maneira diferente para cada participante, ou seja, para alguns isso favoreceu o bem-estar ao longo da internação e para outros, isso não aconteceu. A partir daí, foi possível pensar em um cuidado que estivesse atento ao processo da hospitalização e à qualidade subjetiva da internação, com base nas idéias de Carl Rogers e Martin Buber, especialmente sobre as atitudes referentes a esse cuidado.