Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Moura, Tiago Bastos de |
Orientador(a): |
Cury, Vera Engler |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16517
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Resumo: |
A atenção clínica sob responsabilidade dos psicólogos tem se mostrado necessária e urgente na atualidade, permeada por tantos sofrimentos e incertezas em decorrência dos impactos psicológicos desencadeados pela pandemia de Covid-19 que incidem sobre a população. Nesse contexto, a psicoterapia se apresenta como uma modalidade de atenção psicológica clínica que ganhou ainda mais relevância, representando um espaço de cuidado à saúde mental, de escuta e de ressignificação de vivências. O campo das psicoterapias tem evoluído significativamente nas últimas décadas e destaca-se a Terapia Centrada no Cliente, criada e desenvolvida por Carl Rogers. Nesse sentido, esta pesquisa teve como objetivo compreender, sob uma perspectiva humanista e fenomenológica, a experiência vivida de clientes que estão sendo atendidos em Terapia Centrada no Cliente. Esta pesquisa é qualitativa, exploratória e metodologicamente inspirada pela Fenomenologia de Edmund Husserl e de sua discípula Edith Stein. Foram realizados encontros dialógicos individuais com nove participantes adultos, homens e mulheres, buscando apreender intersubjetivamente suas vivências sobre o processo terapêutico. Os encontros dialógicos foram iniciados a partir da seguinte questão norteadora: “Gostaria que me contasse como tem sido sua experiência em fazer terapia”. Como estratégia metodológica, foram escritas narrativas compreensivas, após cada encontro, de forma a iniciar a análise fenomenológica das vivências dos participantes. Na fase seguinte, foi construída uma narrativa síntese, que contemplou os elementos estruturantes que emergiram das experiências singulares, possibilitando uma interpretação fenomenológica dos sentidos atribuídos pelos clientes às suas vivências no processo terapêutico. Os quatro elementos estruturantes das experiências dos participantes que emergiram foram: (1) A relação com o psicoterapeuta proporciona ao cliente a tomada de consciência de que “eu existo nessa relação”; (2) O reconhecimento de si como uma pessoa autônoma que não precisa ser direcionada, pois é dona do seu próprio caminho e da sua história; (3) A psicoterapia é vivida como uma construção em parceria; (4) Possibilidades que se abrem na relação terapeuta-cliente ressoam para além das sessões de psicoterapia. A Fenomenologia e a Psicologia Humanista contribuíram para uma compreensão psicológica do fenômeno investigado, descortinando os sentidos atribuídos pelos participantes às suas experiências no processo terapêutico, evidenciando a potencialidade transformadora da relação centrada no cliente enquanto propiciadora de auto conhecimento e crescimento psicológico. |