A apropriação e percepção de um rio urbano: o caso do ribeirão Jacaré de Itatiba (SP)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Franco, Gustavo Cosenza de Almeida
Orientador(a): Bueno, Laura Machado de Mello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16132
Resumo: Essa pesquisa teve como objetivo principal identificar a percepção e a apropriação das pessoas em relação aos rios urbanos. O objeto desse estudo foi o ribeirão Jacaré, que nasce e deságua na cidade de Itatiba (SP). Com o auxílio de um roteiro e de critérios pré estabelecidos, foram realizadas entrevistas com os diferentes segmentos da sociedade sociedade civil organizada (ONG JAPPA), poder público municipal (prefeito), órgãos gestores da água em âmbito regional (Comitê e Consórcio de bacias), e, cidadãos comuns que se familiarizam com o rio. A nossa interpretação das entrevistas permitiu identificar os sentimentos coletivos das pessoas em relação ao ribeirão Jacaré, tanto no campo físico (paisagístico e ambiental) como no campo simbólico (sentimental e afetivo). A definição de um rio urbano e seus aspectos característicos também aparece nesse trabalho. Procurou-se evidenciar a relação entre rio (água e margem) e a população diante das mudanças ocorridas a partir do primeiro quarto do século XX. Observouse que um espaço que antes se designava para o lazer e convívio social se transformou em um espaço pouco utilizado e com um grau de urbanidade quase nulo. O que se pôde perceber com o embasamento teórico e com as entrevistas é que as complexidades da dinâmica morfológica do ambiente das cidades refletem nas mudanças de valores da sociedade que usufruía e convivia nesses espaços. O rio limpo e com disponibilidade de acesso às suas margens propiciava atividades que hoje se tornam inviáveis, não só pelo pouco espaço para o convívio e encontro social, mas também pela má qualidade desses espaços (tanto das águas quanto das margens). Esse estudo procurou compreender a complexidade das relações existentes no âmbito da água no meio urbano, o que envolve aspectos de acessibilidade, apropriação e uma grande faculdade no campo subjetivo. Perceber essas relações, identificar nas pessoas o sentimento de pertencimento de um bem natural e a mudança de valores que ocorreram contribuem para uma melhor compreensão sobre o cenário atual da interação do ribeirão Jacaré na cidade e as perspectivas futuras dessa relação.