Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Mesquita, Marina Anhaia Mello Magalhães do Amaral |
Orientador(a): |
Granato, Tania Mara Marques |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16057
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Resumo: |
Considerando que o número de processos litigiosos decorrente da falência da união afetiva entre cônjuges vem apresentando aumento significativo nos últimos anos, objetivamos nesta pesquisa compreender como essa experiência é emocionalmente processada e integrada à história de vida de cada um. Realizamos um estudo qualitativo, de orientação psicanalítica, de modo que pudemos nos aprofundar na investigação do impacto emocional que o desfazimento do vínculo conjugal por meio do litígio judicial provoca. Participaram da pesquisa, em caráter voluntário, 10 adultos, sendo 4 homens e 6 mulheres, cuja idade variou de trinta e cinco a setenta e cinco anos, que passaram por um processo judicial litigioso, no passado, e que têm filhos comuns com os ex-parceiros, menores de idade à época do processo judicial. Entrevistas abertas foram realizadas individualmente a partir da pergunta norteadora “Como foi a sua experiência pessoal durante o processo judicial litigioso de divórcio?” com o intuito de proporcionar aos participantes a possibilidade de discorrer acerca de suas vivências por meio da associação livre de ideias e afetos. Após cada entrevista foi elaborada uma Narrativa Transferencial (NT), a qual configura um primeiro nível de análise do material narrativo, levando em conta o contexto e o conteúdo dos encontros, assim como as impressões pessoais da pesquisadora. O conjunto das NTs tomadas como produção coletiva foi compartilhado com o grupo de pesquisa para a segunda etapa de análise a qual resultou na interpretação do campo de sentidos afetivo-emocionais “Infelizes para sempre”, que denota a longevidade da repercussão emocional do divórcio, e seus dois subcampos: “A culpa é do outro”, que faz alusão à impossibilidade dos cônjuges de assumir a responsabilidade pela realidade vivida; “E os filhos?”, que reflete a condição dos menores envolvidos no processo de divórcio, que têm suas necessidades negligenciadas em razão da parca condição emocional dos pais. Nossos achados sugerem que o processo judicial litigioso, do modo como é conduzido hoje, acaba por potencializar o sofrimento dos indivíduos envolvidos, sejam eles parte do processo ou filhos comuns, o que demanda a criação de alternativas de modo a prevenir e/ou atenuar os efeitos nocivos do divórcio litigioso. |