Teste para identificação de sinais de dislexia: evidências de validade e precisão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Alves, Rauni Jandé Roama
Orientador(a): Nakano, Tatiana de Cássia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15745
Resumo: Nacionalmente verifica-se grande escassez de instrumentos psicométricos adequados para a avaliação para risco de Dislexia do Desenvolvimento (DD), motivo pelo qual o “Teste de Identificação de Sinais de Dislexia” (TISD) foi elaborado. Este trabalho teve como objetivo investigar evidências de validade baseadas em variáveis externas e na estrutura interna e precisão do TISD. Participaram crianças e adolescente de ambos os gêneros, com idade entre 6 e 16 anos, divididos em duas amostras: (1) Grupo Caso: 371 pertencentes ao Ambulatório de Neuro-Dificuldades de Aprendizagem do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas, sendo 12 com DD; (2) Grupo Não Caso: 288 crianças sem queixas de dificuldades de aprendizagem, sendo 112 de escola particular e 151 de escola pública do interior do estado de São Paulo, e 25 de uma escola pública de uma cidade do Rio Grande do Norte. Foram aplicados os seguintes instrumentos: (1) TISD: avalia habilidades acadêmicas e neuropsicológicas relacionadas à leitura, composto por 8 subtestes: Leitura, Escrita, Atenção Visual, Habilidades Motoras, Cálculo, Consciência Fonológica, Nomeação Rápida e Memória Imediata; (2) Teste de Desempenho Escolar (TDE): avalia capacidades escolares, é composto pelos subtestes de Leitura, Escrita e Aritmética; (3) Teste Gestáltico Visomotor de Bender (B-SPG): avalia maturidade perceptomotora, por meio da análise da distorção da forma de figuras modelo; (4) Escalas Wechsler de Inteligência para Crianças, 3ª e 4ª edição (WISC-III/WISC-IV): avalia inteligência pelo aferimento de habilidades cognitivas, das quais foram utilizados os subtestes Dígitos, Cancelamento e Aritmética. Os estudos de busca de evidências de validade baseadas em relações com variáveis externas indicaram os seguintes resultados: (1) influências de idade e tipo escolas no desempenho total do teste; o instrumento se mostrou sensível na identicação de idades de seis, sete e oito anos, com pior desempenho da escola pública; (2) o TISD foi correlacionado a outros instrumentos validados para a população brasileira (TDE; WISC III/IV; B-SPG); os resultados mostraram correlações estatisticamente significativas e moderadas entre os subtestes Leitura, Escrita, Cálculo, Memória de Trabalho, Habilidades Motoras do TISD com os subtestes Leitura e Escrita do TDE, subtestes Aritmética e Dígitos da WISC-IV e B-SPG, respectivamente, indicando validade convergente; (3) o TISD foi capaz de diferenciar o grupo diagnóstico da DD de crianças sem queixas de dificuldades de aprendizagem. O estudo de busca de evidências de validade baseadas na estrutura interna indicou um modelo bi-fatorial para o TISD (sem a inclusão do subteste de Nomeação Rápida), com um fator composto por habilidades neuropsicológicas (subtestes de Habilidades Motoras, Atenção Visual, Consciência Fonológica e Memória de Curto Prazo) e outro por habilidades escolares (subtestes de Leitura, Escrita e Cálculo). Os estudos de precisão indicaram os seguintes resultados: todos os itens/tarefas de cada subteste apresentaram correlações significativas com o resultado total do teste, oscilando entre correlações moderadas e fortes. Verificou-se que a maioria dos estudos aqui realizados indicou resultados favoráveis para a continuidade dos estudos psicométricos do TISD e contribuíram para o avanço das etapas de sua elaboração.