Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Martins, Geisa Peral Gimenes |
Orientador(a): |
Calderón, Adolfo Ignacio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16420
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Resumo: |
Por meio da presente dissertação apresentamos os resultados da pesquisa sobre a iniciativa da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo que, utilizando-se dos resultados do desempenho escolar no SARESP e dados da evasão escolar, categorizava ou classificava as escolas nas cores azul, verde, amarelo, laranja ou vermelho, com vistas a compreender a trajetória, o funcionamento e as reações desencadeadas por essa iniciativa governamental no cenário educacional. Para atingir os objetivos propostos, realizamos pesquisa bibliográfica e estabelecemos o estado da questão na literatura acadêmico-científica referente a categorização ou classificação das escolas por cores, pesquisa empírica com vistas a compreender o funcionamento, a implementação e a extinção dessa iniciativa à luz das percepções dos diretores de escola e de gestores das diretorias regionais de ensino e, por fim, pesquisa documental, para estudar a repercussão da implementação a partir das notícias veiculadas na grande imprensa, na imprensa sindical e em informações constantes de processos judiciais instaurados contra a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. A pesquisa apontou que na literatura acadêmico-científica, na grande imprensa e nos meios legais há uma tendência de se valorizar as premiações recebidas pelas escolas que obtiveram alto desempenho no SARESP, com predominância de discursos com viés negativo sobre a classificação das escolas por cores, focados na resistência do sindicato dos professores e na insatisfação de professores com a lógica neoliberal que estaria presente nas políticas governamentais do PSDB, havendo reduzida ênfase em aspectos positivos relacionados às ações da secretaria estadual de educação. Os diretores de escola e gestores das diretorias regionais de ensino apontaram diversos pontos positivos relacionados à categorização ou classificação das escolas por cores, como por exemplo, a motivação das equipes escolares que desejavam melhorar seus resultados, a reflexão da prática pedagógica diante dos resultados obtidos, os investimentos da secretaria em cursos de capacitação, as verbas para as escolas com baixo desempenho, a simplicidade do indicador de qualidade e o fato de que os resultados da classificação das escolas tiraram os professores de uma zona de conforto. Entretanto, os pontos negativos, como por exemplo a estigmatização das equipes escolares com o rótulo de ruins que as escolas de baixo desempenho ficaram motivavam pais a transferir seus filhos para escolas com melhor desempenho, e, ainda, a falta de clareza quanto aos critérios utilizados na classificação das escolas, acentuaram a insatisfação e o desconforto de muitos professores com as ações que subsidiavam a categorização ou classificação das escolas por cores e elevaram o nível de tensão entre os professores e a secretaria estadual de educação, pressionando o governo estadual a extinguir a iniciativa no ano de 2002, logo após a sua implementação. |