Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Marcela Aparecida Moreira |
Orientador(a): |
Rocha, Maria Silvia Pinto de Moura Librandi da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16356
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Resumo: |
Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada com uma turma de 19 crianças, pertencentes a uma escola privada de Educação Infantil. O material empírico foi produzido pela proposição de atividades de leitura e de reconto de histórias. Foram realizados dez encontros, dos quais participaram as crianças, com idade entre 3 e 4 anos, sua professora e a pesquisadora. Para cada encontro escolhia-se um livro e era contada a sua história, utilizando-se também do apoio de fantoches que representavam os personagens principais e que foram especialmente produzidos para a atividade. Posteriormente à leitura, as crianças eram divididas em grupos; solicitava-se que elas recontassem a história, primeiramente sem nenhum apoio e, num segundo momento, dando-lhes a oportunidade de utilizarem os fantoches para a construção de suas narrativas. Fundamentando-nos na teoria Histórico-cultural, inicialmente o foco estava em analisar os usos que as crianças faziam dos fantoches, ou seja, verificar se e como eles interferiam na construção de suas narrativas e se poderiam ser considerados um recurso mediador para a memória e para a imaginação. Na medida em que o trabalho analítico foi sendo realizado, mostraram-se também muito relevantes as mediações da pesquisadora e dos colegas para o desenvolvimento das narrativas produzidas. Por esta razão, o objetivo central desse trabalho é investigar se e como o uso de fantoches e a presença de mediações de adultos e pares enriquecem as construções narrativas de crianças da Educação Infantil, através do possível desenvolvimento das funções psíquicas superiores, com foco na memória e na imaginação. Todos os encontros foram vídeo-filmados e áudio-gravados para possibilitar uma análise mais minuciosa dos resultados. As análises permitiram-nos identificar que os instrumentos mediadores, em especial os fantoches, acompanhados de uma mediação intencional da pesquisadora e da mediação dos colegas, além de aumentarem a motivação das crianças para recontarem as histórias, afetaram, positivamente, a estrutura das narrativas: as crianças usamnos para sustentar os enredos (ora reforçando o que foi dito, ora como elemento complementar ao texto, narrando mais coisas através da linguagem gestual); criam e incluem mais personagens (de maneira coerente com o argumento central das histórias); experimentam diferentes vozes (narrador e personagens); constroem diálogos entre personagens; atribuem características psicológicas aos personagens; alteram o direcionamento das narrativas... Esperamos que estes resultados contribuam para o que se tem refletido sobre a importância da literatura infantil, da construção de narrativas por crianças pequenas e do desenvolvimento das funções psíquicas, evidenciando a importância de uma permanente reflexão sobre as práticas pedagógicas em especial na Educação Infantil. |