Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
De Paula, Edson Roberto |
Orientador(a): |
Messias, João Carlos Caselli |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16072
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Resumo: |
As mulheres vêm gradualmente conquistando mais posições de liderança nas organizações, porém fatores como diferença de remuneração e restrições de oportunidades de carreira em função de preconceitos e da maternidade revelam que ainda enfrentam desvantagens no contexto profissional. Tais elementos podem remeter a estruturas implícitas, especialmente sob a forma de estereótipos de gênero, capazes de operar em fenômenos sociais, políticos, culturais e laborais, exercendo impacto sobre a manutenção de adversidades. Este estudo objetivou compreender vivências e desafios de mulheres líderes a partir da ótica da própria mulher, assim como verificar se existem estereótipos implícitos que possam funcionar como legitimadores da sua discriminação no ambiente de trabalho. A estratégia metodológica utilizada foi uma pesquisa qualitativa fenomenológica baseada na construção de narrativas compreensivas a partir de encontros dialógicos com doze mulheres que ocupavam diferentes níveis de cargos de liderança em empresas localizadas nas cinco regiões brasileiras, tendo como base a pergunta norteadora “Como é para você, ser líder e mulher?”. As narrativas foram escritas logo após cada encontro dialógico como registros dos elementos reveladores do encontro intersubjetivo e apresentadas para ajustes e validação por parte delas. Ao final, foi elaborada uma narrativa síntese, a partir da qual foram identificadas quatro categorias de elementos estruturais do fenômeno: (1) superação de barreiras corporativas e sociofamiliares; (2) adoção de estilos de liderança pautados por estereótipos de gênero; (3) valorização de vínculos emocionais afetivos com as equipes e (4) vivências de conflito entre vida pessoal e profissional, discutidas a partir da Teoria da Justificação do Sistema. Foi possível constatar o 8esforço empregado por elas para romper preconceitos, desafios profissionais e pessoais, bem como a existência de estereótipos implícitos acerca de supostas lideranças feminina e masculina e o funcionamento destes, especialmente em termos do senso deprimido de direito e mobilidade individual, de acordo com a Teoria da Justificação do Sistema. Conclui-se que é necessário promover condições de trabalho mais justas e favoráveis ao exercício da liderança por mulheres, com destaque para a conciliação entre trabalho e vida pessoal, em lugar de se pensar características de liderança vinculadas ao gênero. |