Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Signorelli, Carlos Francisco |
Orientador(a): |
Silva Neto, Manoel Lemes da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16185
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Resumo: |
A cidade, procuraremos demonstrar, é causa e efeito da modernidade. A cidade é o espaço, ao mesmo tempo construído e pensado, da construção de um projeto, de uma visão de mundo, construída ao longo do segundo milênio da Era Cristã. A visão de mundo da burguesia nascente se consubstancia na modernidade, que é, em essência, a liberdade do homem, como sujeito racional, que terá como meta, o paraíso na Terra. Mas também a cidade é moldada pela modernidade, ou seja, ela se constrói, ou é modelada pelo capital, como o seu conteúdo. Entretanto, no momento histórico que vivemos está se dando, pretendemos mostrar, o esgotamento da modernidade. E quando o paradigma da modernidade não mais dá respostas ao avanço das forças sociais e históricas, quando não mais consegue dar respostas às novas perguntas, quando se desfaz a credibilidade e a fé na racionalidade humana, ele entra em crise, levando também à crise a própria cidade, e o mundo como o oikos do homem. Crise não só ideológica, mas palpável, tanto na desestruturação do espaço construído, como na possibilidade da extinção do próprio homem. No espaço construído, o urbanismo tem se constituído como o braço do capital, como a concretização de um projeto hegemônico de classe. A cidade, a partir do processo urbanístico, coloca-se a serviço de tal projeto. O outro, as massas sem rosto, entendidas como o não-urbano, como o não-legal, teimam em se fazer presente agora não mais como objeto, mas como sujeito que quer construir a própria história. Propomos, pois, que se deva colocar o urbanismo no centro de um necessário debate. De nossa parte assumimos que o urbanismo se reveste de uma falsa neutralidade que deve ser eliminada, e direcionar-se à vida, ao oikos, ultrapassando o indivíduo e reentrando na coletividade e seus valores concretos e simbólicos. Há que se fazer uma opção, e esta só poderá se dar na direção do outro, do não. Esta não será apenas uma opção ideológica, mas necessária para a própria continuidade da vida na cidade. |