Bem-estar subjetivo em adultos e idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Cruz, Sônia Regina Blasi
Orientador(a): Wechsler, Solange Muglia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15781
Resumo: Promover o bem-estar subjetivo é uma das preocupações da ciência psicológica. Com o aumento da longevidade, estudos sobre o envelhecimento se fazem necessários para a compreensão desta parcela da população que está aumentando no mundo todo. Esta pesquisa teve como objetivo investigar os fatores responsáveis pelo bem-estar subjetivo, apontados pela literatura, na visão de participantes que freqüentam e que não freqüentam a universidade para a terceira idade. A amostra foi composta de 92 participantes, divididos em 2 grupos: 54 freqüentavam a universidade para a terceira idade e 38 não, sendo que, destes últimos, 15 pertenciam a um clube sócio-recreativo e 23 a uma Igreja Católica. Em cada grupo foram consideradas duas faixas etárias: (a) de 41 a 60 anos; (b) de 61 a 80 anos e mais. No grupo que freqüentava a universidade para a terceira idade tivemos 96% do sexo feminino, 65% casados e 25% viúvos; 55% terminaram o 1º grau, 53% do lar e 95% eram católicos. Em contrapartida, no grupo que não freqüentava a universidade para a terceira idade 64% eram do sexo feminino e 36% do sexo masculino; 97% casados, não sendo encontrados viúvos; 45% terminaram um curso superior, 35% tinham uma profissão e 90% eram católicos. Foi utilizada uma Escala de bem-estar subjetivo, construída para este estudo, composta de 36 itens que investigam 6 áreas: Satisfação com a vida / Felicidade, Extroversão, Persistência / Estabelecimento de metas, Apoio/Contato Social, Saúde física e Otimismo, além de 3 questões abertas. Através da análise de variância foram encontradas diferenças em relação à área Saúde (favorável à faixa etária mais nova), Satisfação com a vida/Felicidade (favorável ao grupo que não freqüentava a universidade para a terceira idade), nível de escolaridade (escolaridade superior apresentou médias mais altas) e em duas áreas da escala (quando foram comparados os participantes de clube x igreja). Foi encontrada correlação positiva entre todas as áreas investigadas pela escala, no grupo que freqüenta a universidade para a terceira idade. A análise das questões abertas revelou a importância de características pessoais, sociais e familiares no bem-estar subjetivo. A freqüência à universidade para a terceira idade foi apontada como poderoso fator para se dar um novo significado à vida. Outros motivos apontados para freqüentar a universidade: ampliar o contato social e aprender coisas novas. Também foram encontrados dados que sugerem a importância de dois fatores não investigados neste estudo: religião e viuvez. Buscar compreender melhor o bem-estar subjetivo e maneiras de alcançá-lo devem fazer parte dos estudos dedicados à qualidade de vida nos adultos e idosos.