A psicologia escolar no ensino médio público: refletindo sobre trabalho e profissão com adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Arinelli, Guilherme Siqueira
Orientador(a): Souza, Vera Lucia Trevisan de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16035
Resumo: Ao assumir a Psicologia Histórico-Cultural como base teórico-metodológica, compreendemos que a orientação profissional é um processo de promoção de desenvolvimento e não um fim, enquanto lugar a se chegar. Com essa compreensão, o presente estudo norteia-se pela seguinte pergunta: que estratégias o psicólogo pode utilizar na escola para contribuir com a reflexão dos jovens sobre futuro, trabalho e profissão? Assim, buscou-se investigar o potencial de ações do psicólogo na escola que se constituem como promotoras de reflexões sobre o mundo do trabalho e o futuro. Esta pesquisa-intervenção foi desenvolvida com estudantes do 1º ano do ensino médio de uma escola pública estadual, localizada na periferia de uma grande cidade no interior de São Paulo. Foram realizados encontros semanais que envolveram a apreciação e a produção de diferentes materialidades artísticas, a saber: filmes, fotografias, pinturas, músicas e desenhos; além de oficinas com profissionais que atuam em áreas de interesse dos estudantes. Os resultados revelam que as interações entre o psicólogo, a professora e os adolescentes, refletindo sobre as relações cotidianas presentes no espaço da escola pública, impactam na constituição do interesse e da participação dos alunos em suas atividades. A concepção de trabalho, para os jovens dessa pesquisa, esteve diretamente associada a uma visão pragmática, sobressaltando o esforço individual em detrimento do coletivo. Portanto, concluímos que o interesse não é adquirido, mas se desenvolve nas interações mediadas por elementos como a curiosidade, aproximação, disponibilidade, respeito, implicação e reconhecimento. O uso de diferentes expressões artísticas mostrou-se como potente instrumento de ação do psicólogo, capaz de produzir reflexões que resultam na ampliação da consciência.