Escala de potencial criativo no trabalho: estudos psicométricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Spadari, Gabriela Fabbro
Orientador(a): Nakano, Tatiana de Cássia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15770
Resumo: O presente estudo teve como objetivo a condução de estudos de busca por outras fontes de evidências de validade e precisão para a Escala de Potencial Criativo no Trabalho. Para isso, quatro estudos foram realizados, tendo-se, como participantes, um total de 552 trabalhadores, provenientes de diversas empresas de pequeno, médio e grande porte e de diferentes ramos de atuação. Os participantes foram combinados de diferentes formas em cada um dos estudos. O primeiro estudo visou investigar as evidências de validade baseadas na estrutura interna por meio da Análise Fatorial Confirmatória (AFC). Como resultado, a estrutura de dois fatores, sendo um composto por itens que se relacionam a Bloqueios e barreiras à criatividade (Fator 1) e Atributos e características que favorecem a criatividade (Fator 2) foi confirmada. O segundo estudo buscou analisar a precisão do instrumento por meio do método de teste e reteste. Os resultados indicaram que em relação ao Fator 1 a correlação entre o teste-reteste foi de r=0,650 (p ≤ 0,001). No Fator 2 a correlação também se mostrou significativa (r=0,729; p ≤ 0,001). Deve ser ressaltada também a correlação negativa entre o Fator 1 e o Fator 2 no teste (r =-0,448; p ≤ 0,001) e no reteste (r= -0,437; p ≤ 0,001) de modo a confirmar a interpretação dos fatores, visto que um se mostra favorável a criatividade enquanto o outro é caracterizado pelas barreiras que impedem a expressão criativa. O terceiro estudo investigou o efeito das variáveis relacionadas ao sujeito (gênero, idade, nível de escolaridade) bem como relacionadas ao ambiente organizacional (tempo de empresa) nas medidas do instrumento. Isoladamente nenhuma das variáveis mostrou-se significativa. Somente duas interações se mostraram significativas no fator 1, sendo, entre as variáveis sexo x idade e entre escolaridade x idade. Em relação ao Fator 2, somente a interação entre idade x tempo. No quarto estudo, realizou-se a análise das propriedades psicométricas dos itens, notadamente a estimação da sua dificuldade e medidas de ajuste. Duas análises foram conduzidas, a primeira, por meio do Modelo de Rasch, buscou estimar a dificuldade dos itens e/ou o nível de habilidade necessária para que o sujeito endosse o conteúdo apresentado no item. Todos os itens que compõem o instrumento apresentaram índices de infit e outfit adequados, com exceção de dois itens. Foi possível ainda elaborar o mapa de itens, a fim de identificar aqueles que se mostram mais proeminentes em discriminar indivíduos que apresentam nível de habilidade acima da média. De modo geral, os resultados encontrados nos estudos amparam evidências positivas de validade e precisão da escala. Sugere-se que novos estudos sejam conduzidos com o instrumental, notadamente a busca por evidências de validade para o fator 2, bem como, posteriormente, a normatização do instrumento, a fim de que o mesmo possa ser disponibilizado, futuramente, para uso profissional.