Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Menezes, Rafael Ladenthin |
Orientador(a): |
Oliveira, Wanderlei Abadio de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16819
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Resumo: |
Atualmente, a construção social dos gêneros feminino e masculino tem sido tema de diferentes investigações científicas e é no âmbito familiar, ainda nas primeiras interações, que as estruturas de crenças nesse sentido são reforçadas ou podem ser redimensionadas. Essa investigação tem como objetivo conhecer narrativas de pais (homens) de pessoas do sexo masculino sobre o que é “ser menino”. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter fenomenológico-hermenêutico, e seus desdobramentos assumem a historicidade do desenvolvimento de preconcepções sobre a formação de conceitos sobre o que é ‘ser menino’. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com quatro homens, todos pais de meninos. Os participantes foram selecionados por conveniência e foi aplicada a técnica snowball. Os dados foram analisados por meio da análise fenomenológica interpretativa (AFI). Como pesquisa qualitativa de base fenomenológico-hermenêutica, adotou-se como premissa o desenvolvimento de um caminho de coleta de dados que possibilitou um espaço mais flexível para que os pais participantes pudessem discorrer sobre o tema. Assim, verificou se perspectivas em comum nas narrativas dos participantes. Eles expressaram preconcepções sobre o que é ‘ser menino’, evidenciando que, a partir dessas crenças, eles balizam algumas de suas expectativas sobre os filhos e direcionam modos de educar, o que, consequentemente e conforme interpretamos, impacta de algum modo na formação dos seus filhos. As narrativas apresentadas também demonstraram que o contato com o tema e a possibilidade de reflexão sobre ele fez com que esses pais elaborassem seus pensamentos a partir de perspectivas que indicam movimentos para ressignificar algumas de suas preconcepções. Assim, verificou-se que a própria experiência de educar os filhos já era um elemento de inquietação e reflexão diante do fato de que nem sempre seus filhos reforçavam as expectativas paternas, quase sempre fundamentadas em crenças sociais sobre o que é ‘ser menino’. Conclui-se, portanto, que o trabalho de análise e interpretação de narrativas dos pais sobre seus filhos serve à psicologia no sentido de compreender como ou de que forma as preconcepções sobre os modos de Ser da criança impactam no desenvolvimento. E, no caso desse estudo, de que maneira as preconcepções sobre ‘ser menino’ direcionam o modo como os meninos podem ser educados, bem como a forma que eles estruturam suas próprias subjetividades a partir do contato com seu mundo e seus contextos sociais. |