Política, gestão e cidade: política habitacional e voto em Petrolina, Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Coelho, Rosabelli Lopes Lima Cavalcanti
Orientador(a): Rolnik, Raquel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16279
Resumo: O estudo desenha um panorama das políticas habitacionais desencadeadas, desde 1964, pelos governos federal, estadual e municipal em Petrolina/ PE. O objetivo é verificar o processo de formação dos bairros populares, a partir de doação de lotes e do direcionamento de recursos federais e estaduais para esses bairros, em função da conexão histórica das elites políticas locais com os cargos máximos dos executivos e legislativos estaduais e federais. Com a territorialização do comportamento eleitoral dos bairros populares analisados, a pesquisa visa demonstrar a forte vinculação entre o benefício habitacional e a destinação do voto, ressaltando a principal política habitacional municipal que é a doação de lotes sem infra-estrutura, mantida ao longo das gestões estudadas. Além da doação de lotes foram verificados alguns programas e melhorias subseqüentes à doação. Esses programas e melhorias configuram continuidade de benefícios distribuídos no tempo, resultantes de reivindicações dos presidentes das associações de moradores, feitas diretamente ao chefe do executivo municipal. A pesquisa conclui que o retorno político obtido pelas chapas tem como base o benefício habitacional concedido à população dos loteamentos populares e depende da construção de redes e de vínculos com os representantes de associação de moradores. O retorno político depende, ainda, do direcionamento de contínuos benefícios, realizados, principalmente, nos loteamentos doados ao longo das várias gestões municipais analisadas (de 1977 a 2004).