Stress e sintomas de ansiedade na síndrome da apneia obstrutiva do sono pré e pós-tratamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Santos, Micheli Aparecida Gomes dos
Orientador(a): Nakano, Tatiana de Cássia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15981
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar e comparar o nível de stress e de ansiedade em uma amostra de portadores da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), antes e após um mês de tratamento clínico ou cirúrgico. Para a coleta dos dados foram utilizados o ISSL -Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp, a Escala de Ansiedade de Beck (BAI), respondidos duas vezes, uma antes do início do tratamento e outra, um mês após o início do mesmo, além de um questionário sociodemográfico. A amostra foi composta por 18 pacientes, sendo 13 homens e 5 mulheres, com idade entre 26 e 74 anos (Média=51,83; DP=13,46). A avaliação demonstrou que 77,8% (n=14) dos pacientes apresentavam stress na primeira avaliação, sendo que tal valor foi reduzido para 16,7% (n=3) na segunda avaliação, após tratamento. Assim, pacientes apresentaram uma diminuição significativa na média de sintomas de stress pós-tratamento (z=-3,53, p<0,000). Em relação à ansiedade, 44,4% dos participantes apresentavam grau mínimo de sintomas de ansiedade na primeira avaliação, embora se fizessem presentes graus leve, moderado e grave. Na segunda avaliação os casos graves desaparecem e houve uma importante diminuição nos casos moderados. Os pacientes apresentaram uma diminuição significativa na média de sintomas de ansiedade pós-tratamento (z=-3,51, p<0,000). Pacientes com SAOS moderada apresentaram uma diminuição significativa na média de sintomas de stress (z=-2,971, p<0,003) e sintomas de ansiedade (z=-2,032, p<0,042) pós-tratamento. O mesmo ocorreu em relação em relação ao stress (z=-2,023, p<0,043) e ansiedade (z=-2,944, p<0,003) dos pacientes com SAOS grave. Por outro lado, mulheres não apresentaram melhora significativa nos sintomas de stress pós-tratamento (z=-1,633; p=0,102) e nem na ansiedade (z=-1,625; p=0,104), ao passo que os homens obtiveram diminuição dos sintomas de stress (z=-3,184; p=0,001) e ansiedade (z=-3,062; p=0,001). A investigação do tipo de tratamento indicou melhora significativa nos sintomas de stress (z=-3,21, p=0,001) e ansiedade (z= -3,17, p=0,001) nos pacientes que fizeram tratamento com CPAP. Já no grupo cirúrgico não foram notadas diferenças significativas em nenhum dos construtos avaliados. Desse modo foi possível visualizar que os pacientes demonstraram melhora significativa nos sintomas de stress e ansiedade na segunda avaliação, de modo a se poder afirmar, para esse grupo de indivíduos, que o tratamento teve o efeito desejado, sendo eficaz na melhora dos sintomas de stress e ansiedade para a amostra geral, para os dois níveis da doença (moderada e grave), para o sexo masculino e para os pacientes que fizeram tratamento com CPAP.