Atitudes que contribuem para a prática do estudo no ensino fundamental: a experiência de um projeto de autorregulação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Tenca, Carolina Aparecida Araujo
Orientador(a): Tortella, Jussara Cristina Barboza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15492
Resumo: A implantação de projetos de intervenção que objetivam desenvolver a autorregulação da aprendizagem e, consequentemente, o desenvolvimento de atitudes que contribuam para o estudo tem se mostrado como uma importante ferramenta para a melhoria do desempenho escolar dos alunos e da qualidade educacional. A partir dessa perspectiva, o presente trabalho teve, como objetivo geral, identificar as mudanças de atitudes sobre os estudos, manifestadas por alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, participantes de um projeto de autorregulação da aprendizagem. Como objetivo específico buscamos: (a) verificar as concepções dos alunos e professores acerca das aprendizagens desenvolvidas pelos alunos durante o projeto; (b) analisar, a partir das narrativas dos alunos, possíveis transferências das aprendizagens ocorridas durante o projeto para situações cotidianas; e, por fim, (c) avaliar a influência do projeto para a melhoria da autorregulação, do controle volitivo e da procrastinação dos alunos em situações escolares. A primeira parte do trabalho se destinou a abordar os conceitos atrelados a autorregulação da aprendizagem que estão imbricados na teoria sociocognitiva e, a autonomia do aluno em situações de estudo. No segundo capítulo, antes de iniciar a metodologia e a apresentação parcial dos dados, foi elaborado um panorama educacional brasileiro em que foi realizado um levantamento bibliográfico de pesquisas sobre a temática, além da abordagem dos indicadores de qualidade e o dos Parâmetros Curriculares Nacionais, documento que orienta o trabalho do professor quanto à formação da autonomia e o desenvolvimento de atitudes dos alunos nas diferentes disciplinas curriculares. A pesquisa de campo ocorreu em três salas de 5º ano do Ensino Fundamental, de três escolas públicas da Região Metropolitana de Campinas, que adotaram o projeto de autorregulação da aprendizagem. Foram participantes da pesquisa três professoras e oitenta e cinco alunos. Os dados coletados por meio de narrativas dos alunos e entrevistas com os professores evidenciam a autopercepção de mudança por parte dos alunos com relação às suas atitudes perante os momentos de aprendizagem. As entrevistas das professoras vão ao encontro do que foi descrito pelos alunos, pois elas também destacam mudanças comportamentais na convivência em grupo e também na forma de se relacionar com as situações de aprendizagem. Além desses instrumentos, para a análise quantitativa dos dados, os alunos preencheram o Inventário de Processos de Auto-Regulação da Aprendizagem (IPAA), instrumento validado que compõe o projeto; o Questionário de Estratégias de Controle Volitivo (QECV); e o Questionário de Procrastinação (QP) em quatro momentos: um antes do início do projeto, dois durante e um ao final do projeto. Pela análise dos dados referentes a estas três variáveis, é possível concluir que, também quantitativamente, o programa Travessuras do Amarelo foi eficaz para promover a autorregulação das estratégias de aprendizagem, promover a volição dos alunos e baixar a sua procrastinação na realização de tarefas escolares. De maneira geral, os dados corroboram a premissa de que um projeto de intervenção pode colaborar para melhores relações dos alunos com seu próprio processo de aprendizagem.