Agentes modeladores do território: A família Souza Aranha em Campinas-SP (1806-1902)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Menegaldo, Ana Beatris Fernandes
Orientador(a): Pereira, Renata Baesso
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/17279
Resumo: O presente trabalho analisa a formação histórica do território de Campinas - SP (Brasil) a partir das ações da família Souza Aranha, um dos principais sobrenomes do grupo senhorial estabelecido na cidade ao longo do século XIX e primeiras décadas do século XX. Durante este período, a partir do incremento das culturas de cana-de-açúcar e do café, a cidade de Campinas passou por um enriquecimento econômico significativo. Investiga-se a trajetória de membros de três gerações da família Souza Aranha enquanto agentes modeladores do território. O processo de urbanização da cidade é abordado através das iniciativas particulares desses agentes e de como as relações estabelecidas nas práticas sociais se espacializam e expõem a formação e a transformação dos espaços rurais, periurbanos e urbanos de Campinas. A investigação trilha os caminhos da micro-história da “ação situada” e do “jogo de escalas” (Lepetit, 2016). Contudo, na trama dos eventos particulares, há múltiplas articulações de escalas bem mais vastas, ou seja, ante o evento, há uma estrutura (Braudel, 1978). Para as análises, baseia-se na apreciação cuidadosa de fontes documentais primárias diversas, cruzando os dados compilados e revelando como a forma urbana se apresenta como resultado das práticas dos agentes modeladores. A metodologia se estrutura no cruzamento de dados extraídos das fontes primárias, como listas nominativas de habitantes, tombamento de Bens Rústicos (1818), Registros Paroquiais de Terras de Campinas (1854-1857) e inventários post mortem, além de outras fontes complementares. A partir da periodização das gerações familiares e do entendimento da trajetória dos agentes modeladores, demonstra-se que é possível avançar em análises que revelam a transformação do espaço urbano e do território da cidade de Campinas.