Psicologia na escola e rede de proteção à infância e adolescência: enfrentando vulnerabilidades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Dias, Carolina Nascimento
Orientador(a): Guzzo, Raquel Souza Lobo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16032
Resumo: O presente trabalho aborda a relação entre uma escola pública de educação integral e os demais equipamentos da rede de proteção à infância e adolescência na região noroeste de Campinas, tendo como objetivo de pesquisa analisar como acontece essa relação. A partir da compreensão acerca das políticas sociais e da necessidade de proteção integral das crianças e adolescentes, considerando-os como seres de direitos, discorremos sobre a intersetorialidade das políticas para que a rede atue de forma a romper com a vulnerabilidade das crianças e suas famílias. Partindo das contribuições da Psicologia Crítica e do Materialismo Histórico Dialético, estivemos presente na escola e na comunidade por meio do Projeto ECOAR – Espaço de Convivência Ação e Reflexão. Foi realizado mapeamento da região, demarcando os serviços existentes no território, conversas com professores e gestores, presença nos TDCs (Trabalho Docente Coletivo), reuniões com famílias e com profissionais da rede de proteção, análise das pastas de estudantes que são acompanhados por algum serviço da rede e entrevista com o Orientador Pedagógico da escola. Todos os procedimentos descritos foram registrados em diários de campo pela equipe do ECOAR e os dados foram considerados por meio da análise construtivo-interpretativa. Os resultados encontrados a partir da análise das fontes demonstraram a desarticulação da rede, a existência de uma cultura patologizante e medicalizante nos serviços, a tendência em se responsabilizar as famílias pelas condições das crianças e a necessidade de que haja mudanças no cotidiano das instituições para que a articulação intersetorial aconteça. Percebemos que as possibilidades de atuação da psicologia escolar diante deste cenário são diversas, desde que, cientes das contradições presente no sistema capitalista, adotemos práticas baseadas na cooperação e diálogo, visando fortalecermos uns aos outros e somando esforços para construirmos, juntos, uma educação que dialogue com as demandas de vida da população brasileira.