Psicologia escolar e as práticas de gestão na escola: um estudo sobre os processos de mudança mediados pela vontade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Dugnani, Lilian Aparecida Cruz
Orientador(a): Souza, Vera Lúcia Trevisan de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15736
Resumo: O presente estudo está integrado às ações do grupo de Pesquisa Processos de Constituição dos Sujeitos em Práticas Educativas PROSPED, da linha de pesquisa Prevenção e Intervenção Psicológica, do programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Psicologia, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Objetiva investigar o potencial das ações do psicólogo escolar na promoção de mudança das práticas de gestão na escola. Os dados oficiais revelam que a maior permanência na escola não tem resultado em melhor escolarização dos alunos, na medida em que há o aumento do número de alfabetizados básicos e uma queda no número de alfabetizados plenos. Isto nos leva a pensar que parece haver uma dissonância entre os projetos postos pelo sistema e o que ocorre efetivamente na escola. Tomamos como fundamentos teóricos os pressupostos da Psicologia Histórico-cultural em que se compreende que os motivos e os interesses humanos são construídos nas condições concretas de existência, mediados pelos instrumentos da cultura, a partir das relações estabelecidas entre o sujeito e o social e o social e o sujeito, em um movimento dialético permanente. À luz do método materialista histórico e dialético, os dados foram construídos a partir da seleção de 22 encontros, de um total de 128 reuniões realizadas no decorrer dos anos de 2010,2011,2012 e 2013, com 4 gestores de uma escola pública de Ensino Fundamental I e II, a saber: um diretor, um vice-diretor e dois orientadores pedagógicos. Em comum os encontros têm a gravação em áudio e transcrição dos mesmos, a utilização de expressões artísticas e da síntese como instrumentos mediadores dos diálogos empreendidos. Os resultados revelaram que há um modo de funcionar dos gestores escolares que oscila entre reconhecerem os desafios que se impõem à transformação da realidade escolar e que emanam das relações estabelecidas entre os diversos agentes da escola, e se mobilizarem para superá-los, a que denominamos de enfrentamento dos conflitos e, a mobilização para negar os conflitos e seguir adiante, o que chamamos de desviar o olhar, e que é uma das causas do imobilismo na escola. Evidenciou-se ainda que as mediações estéticas e semióticas, promovidas pelas artes e pelas sínteses, possibilitaram aos gestores vivenciarem dois movimentos essenciais para a efetivação de mudanças no modo de exercer a gestão na escola: a migração da emoção e a mobilização da vontade.