O psicólogo e o bebê abrigado: um estudo winnicottiano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, André Oliveira
Orientador(a): Vaisberg, Tania Maria Jose Aiello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
D.W
D
W
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15988
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo investigar psicanaliticamente a inserção do psicólogo em abrigo institucional que atende bebês, a partir do reconhecimento de que a provisão de cuidados ambientais, nas fases iniciais do desenvolvimento humano, é fundamental. Incide sobre problema relevante desde perspectivas clínicas, psicossociais e éticas, na medida em que se articula a partir de preocupação como bem estar e futuro de pessoas dependentes que integrarão as próximas gerações. O trabalho organizou-se ao redor de uma estratégia de operacionalização do método psicanalítico para realização de pesquisas empíricas. O acontecer clínico constituiu-se a partir de experiência de trabalho direto com bebês em abrigos institucionais, que foi registrada sob a forma de uma narrativa transferencial de caráter autobiográfico. A elaboração do texto narrativo deu-se posteriormente à experiência, incluindo tanto ocorrências fatuais como impactos contratransferenciais e reflexões do psicólogo/pesquisador. A seguir, a narrativa foi interpretada psicanaliticamente, permitindo a produção interpretativa de dois campos de sentido afetivo-emocional ou inconscientes relativos: Solucionando e Atrapalhando . Ficou constatado um trânsito entre campos, que certamente deriva da intervenção do psicólogo, que, ao assumir cuidados diretos, deixa de atender às expectativas institucionais, tanto no registro fantasioso de solucionar a questão sem afetar as rotinas, como no sentido de não lidar de modo compreensivo com as dificuldades concretas. O trabalho finaliza com interlocuções reflexivas, que focalizam o trânsito entre campos para pensá-lo como falha no sentido winnicottiano do termo, vale dizer, como o acontecer possível, que contém em si, simultaneamente, acertos e desacertos. Conclui-se que, por sua via paradoxal, aqui se completa uma produção que pode contribuir significativamente para uma maior compreensão dos limites e alcances da atuação do psicólogo no campo da assistência social em geral e, mais especificamente, no campo do cuidado a bebês abrigados.