Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Paula, Edson Roberto de |
Orientador(a): |
Messias, João Carlos Caselli |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/17605
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Resumo: |
Esta pesquisa investigou as relações entre a Cultura Organizacional (CO), a Segurança Psicológica (SP) e os Comportamentos de Voz e Silêncio nas Organizações (CVSO) em trabalhadores brasileiros, especialmente em relação aos desfechos de Burnout e Engajamento no Trabalho. Ancorado no Modelo Job Demands-Resources (JD-R), o estudo buscou compreender como a CO influenciou a SP e, por sua vez, como essa interação influenciou o bem-estar e o desempenho organizacional. Quatro hipóteses foram testadas: (H1) a CO influenciou positivamente a SP; (H2) a CO influenciou diretamente os desfechos de Burnout e Engajamento no Trabalho; (H3) a SP mediou a relação entre CO e CVSO e (H4) a SP teve uma associação positiva com Engajamento no Trabalho e negativa com Burnout. Uma pesquisa quantitativa foi realizada com uma amostragem aleatória de 504 trabalhadores de diversos setores socioeconômicos. Os dados foram coletados por meio de instrumentos validados, incluindo escalas que avaliaram CO, SP, CVSO, Burnout e Engajamento no Trabalho, além de um questionário sociodemográfico ocupacional e analisados por meio de estatísticas descritivas, regressão, modelagem de equações estruturais e análises de correlações, redes e path analysis. Os resultados confirmaram H1, H3 e H4, mas não corroboraram H2, evidenciando que a relação entre CO e os desfechos de Burnout e Engajamento no Trabalho foi mediada por variáveis como a SP e os CVSO. Este achado destacou a complexidade das interações organizacionais e a relevância de mediadores nas dinâmicas de trabalho. Os resultados ampliaram o conhecimento teórico ao integrar a CO como uma variável estratégica dentro do Modelo JD-R, proporcionando uma compreensão mais abrangente e contextualizada das relações entre fatores organizacionais e psicossociais. Além disso, a pesquisa apresentou implicações práticas significativas. Organizações que investiram em práticas como feedback contínuo, desenvolvimento de Liderança Engajadora e promoção de um ambiente de escuta ativa puderam prevenir o Burnout e fomentar um clima de confiança e Engajamento no Trabalho. Tais práticas foram essenciais para a sustentabilidade organizacional em cenários corporativos desafiadores, como o brasileiro. Concluiu-se que a CO foi uma ferramenta ativa, moldável e essencial para promover saúde mental, inovação e desempenho organizacional. A pesquisa ofereceu subsídios práticos e teóricos para gestores, consultores, formuladores de políticas organizacionais, toda a comunidade acadêmica e, em especial, para pesquisadores das áreas de Psicologia Organizacional e do Trabalho (POT) e Psicologia da Saúde Ocupacional (PSO). O estudo ampliou as bases para futuras investigações que exploraram as dinâmicas entre Cultura Organizacional, mediadores psicossociais e desfechos organizacionais em diferentes contextos culturais e setoriais. |