A experiência de mães e pais no relacionamento com o filho diagnosticado com autismo: um estudo fenomenológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Fadda, Gisella Mouta
Orientador(a): Cury, Vera Engler
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16001
Resumo: O autismo é uma síndrome com características bastante heterogêneas que constituem um espectro complexo. Nesse contexto, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa de natureza exploratória com o objetivo de compreender fenomenologicamente a experiência de mães e pais no relacionamento com o filho diagnosticado com autismo. Os participantes foram 11 progenitores (3 homens e 8 mulheres) de crianças com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista que residem num pequeno município do interior do estado de Minas Gerais. A pesquisadora os convidou para estarem com ela num encontro dialógico individualmente ou como casal a partir da escolha deles próprios. Após cada encontro, foi redigida uma narrativa contendo elementos do vivido na forma como foram compreendidos pela pesquisadora. Concluída essa etapa, uma narrativa-síntese foi construída contemplando os principais elementos significativos da experiência de todos os participantes a fim de possibilitar uma interpretação fenomenológica. A análise desse material revelou: a) o diagnóstico como elemento desencadeador de uma nova compreensão sobre o filho; b) a relação de exclusividade das mães com o filho como motivo para um isolamento imposto pela própria mãe; c) as mães descuidando-se de si mesmas para cuidarem bem do filho; d) o relacionamento com o filho tornando-se mais gratificante com brincadeiras compartilhadas; e) a escola percebida como o único elo confiável com a comunidade no cuidado ao filho. Apesar de as mães terem compartilhado sentimentos de solidão, desamparo e esgotamento físico e psíquico, suas vivências apontam para a existência de um relacionamento afetivo com o filho para além das limitações que a patologia impõe. Esse elo pode ser potencializado por uma escuta psicológica que contemple os pais como sujeitos, e não como cuidadores.