Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Rômulo Lopes da |
Orientador(a): |
Souza, Vera Lucia Trevisan de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16515
|
Resumo: |
A orientação sexual tem se tornado cada vez mais presente nos discursos sobre a juventude brasileira, tornando mais complexas as relações sociais de jovens não heterossexuais. Esta pesquisa teve como objetivo investigar as vivências presentes nas relações intersubjetivas de jovens dissidentes da heteronormatividade e compreender o lugar que assume as relações familiares e escolares nas vivências dos jovens. Assume como aporte teórico-metodológico a Psicologia Histórico-Cultural de Vigotski e as suas contribuições para a compreensão do desenvolvimento humano como constituído por afetos, pelo drama e pela imaginação. Buscase articular essas concepções com as proposições da filosofia espinosana. A pesquisa fundamenta-se no materialismo histórico e dialético e está inserida em uma matriz qualitativa de tipo participativo, denominada pesquisa-intervenção. Como estratégia metodológica foram realizadas entrevistas individuais em profundidade em uma plataforma digital, com oito jovens, quatro homens e quatro mulheres, todos cisgênero e com orientação sexual não heterossexual, sendo os encontros gravados em vídeo e transcritos. A análise construída foi inspirada na proposta analítica denominada núcleos de significação, a qual implica leituras recorrentes das transcrições em busca de apreender nas falas dos interlocutores as significações presentes nas vivências narradas. A leitura aprofundada dos trechos de fala dos participantes, que denominamos de pré-indicadores, permitiu observar significações recorrentes, que agrupadas deram origem aos indicadores que norteiam a análise de nossos achados, são eles: (a) silenciamento e incitação da vivência da sexualidade, (b) conversas sobre aceitação versus não aceitação, (c) entre o pertencimento e a exclusão. As significações dos jovens revelam o processo de constituição da orientação sexual permeado por situações dramáticas vivenciadas na família e na escola, as quais viabilizaram aos jovens assumirem novas posições sociais e o enfrentamento de afetos que diminuíram a potência de ser e existir. Espera-se com este estudo oferecer subsídios para a compreensão do papel constitutivo da orientação sexual no processo de humanização, ao favorecer que sejam assumidas posições sociais que interferem no desenvolvimento de toda uma coletividade. |