Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Justo, Ana Paula |
Orientador(a): |
Enumo, Sônia Regina Fiorim |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15732
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Resumo: |
A adolescência é um período do ciclo vital vulnerável ao estresse e ao desenvolvimento de problemas emocionais e de comportamento, os quais podem ser alterados pelos processos de enfrentamento (coping) e pelo temperamento, com base na autorregulação. Com uma perspectiva desenvolvimentista, esta Tese analisou a função do temperamento e do enfrentamento como variáveis mediadoras e moderadoras na relação entre os estressores/estresse e os problemas emocionais e de comportamento [PC] e os problemas do tipo internalizante [PI] e externalizante [PE] nos adolescentes. Participaram 83 adolescentes (67,47% meninas), entre os 12 e os 15 anos de idade (M = 13,65), sendo que 38,55% cursavam o 8º Ano e 61,45% o 9º Ano do Ensino Fundamental, em uma escola pública de uma cidade de médio porte do Estado de São Paulo. Foram aplicados, em grupo, os Critérios de Classificação Econômica Brasil da ABEP; o Inventário de Autoavaliação para Adolescentes (Youth Self-Report YSR); a Escala de Eventos Percebidos para Adolescentes (Adolescent Perceived Events Scale APES); a Escala de Estresse para Adolescentes; a Escala de Enfrentamento; e o Questionário de Temperamento Adolescente Revisado Forma Completa (Early Adolescent Temperament Questionnaire Revised - EATQ-R). A análise de regressão logística multivariada indicou que os adolescentes com um maior risco para a ocorrência dos PC foram aqueles com maior: a) número de estressores, b) nível de estresse, e c) nível de extroversão. Já os adolescentes com um maior risco para os PE foram aqueles com: a) maior número de estressores, b) maior nível de extroversão, e c) menor nível de controle com esforço; e os adolescentes com maior risco para os PI foram aqueles com maior nível de estresse. As análises de equações estruturais indicaram que os adolescentes com PC foram aqueles com: a) maior nível de estresse, b) do sexo masculino, c) maior número de estressores, d) maior nível de extroversão, e e) menor nível de afiliação. Já os adolescentes com PE foram aqueles com: a) maior nível de extroversão, b) menor nível de controle com esforço, e c) maior número de estressores, e os adolescentes com PI foram aqueles com maior nível de estresse e do sexo masculino. As análises de equações estruturais indicaram um efeito de mediação para o controle com esforço e para o afeto negativo. A análise de regressão linear indicou que a relação entre o estresse e os PC foi mais significativa (efeito de moderação) para os adolescentes com menor nível de controle com esforço, e a relação entre o estresse e os PE foi mais significativa (efeito de moderação) para os adolescentes com menor repertório de famílias de enfrentamento. Também indicou que a relação entre os estressores e os PC foi mais significativa (efeito de moderação) para os adolescentes com baixo nível de extroversão. A compreensão dos processos envolvidos no desenvolvimento da psicopatologia, nos adolescentes, favorece a prevenção e a elaboração de intervenções mais eficazes para esta população. |