Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Elisa Maria Neiva de Lima |
Orientador(a): |
Wechsler, Solange Muglia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/17247
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Resumo: |
Mutismo Seletivo (MS) é um transtorno de ansiedade no qual o indivíduo apresenta incapacidade de falar em ambientes sociais definidos, e ocorre em uma prevalência aproximada de 0,03% e 1,9% da população no que se refere a estudosdos EstadosUnidos e Israel. A criança com MS se comunica em ambientes confortáveis para ela, como sua casa, mas apresenta dificuldades em se comunicar em ambientes sociais específicos. Portanto, é importante a identificação do MS devido às implicações familiares, sociais e educacionais causadas por esse transtorno. Entretanto, no Brasil, não existem instrumentos para identificar esse tipo de transtorno, o que deixa psicólogos e outros profissionais desprovidosde critérios objetivos para sua avaliação, e acabam por utilizar, muitas vezes, instrumentos internacionais sem estudos de validade para a realidade brasileira. Portanto o objetivo deste estudo foi construir e buscar evidências de validade para a Escala Brasileira de Mutismo Seletivo (EBSM). Para a construção da EBSM, foram elaborados itens a partir de estudos sobre a literatura em relação a este constructo, divididos em 4 áreas a saber: escolar, social, familiar e comorbidades. No estudo 1 desta pesquisa, 4 juízes avaliaram a escala, sendo 1 médico psiquiatra e 3 psicólogos com experiência de mais de cinco anos na área de MS. Do total de 40 itens que compuseram aescala, obteve-se o Índice de Concordância (IC): 80% a 100% para 35 itens, 60% a 80% para3 itens e 20 a 40% para 1 item. Os quatro itens que não obtiveram IC entre 80% e 100% foramsubmetidos a uma segunda avaliação, passando a apresentar o IC de 80% a 100%. Concluiu- se então, que a segunda versão da escala de MS estava apta ser utilizada no segundo estudo. Os resultados apresentaram evidências de validade para a estrutura interna da EBMS. Em umasegunda etapa, no estudo 2, buscou-se evidências de validade da EBMS pela relação com variáveis externas. Verificou-se se existiam diferenças entre grupos que foram ou não diagnosticados com o MS. Essa análise foi feita por meio de comparação entre as respostas de 30 pais de crianças e adolescentes de cada grupo (clínico e não clínico), de ambos os sexos, com idades compreendidas entre sete e onze anos de idade. O grupo 1 foi composto por pais de crianças que apresentavam (convidados a participar do estudo por meio de mídias sociais),e o grupo 2 por pais de outras crianças que tinham o diagnóstico de MS alunos de uma escola municipal. As médias dos pais dos dois grupos foram comparadas pelo teste t-Student. Das 40perguntas que compuseram a escala, 24 apresentaram diferenças de médias significativas de acordo como teste t-Student, e em 13 destas respostas, o tamanho do efeito calculado pelo d deCohen foi considerado Grande (d ≥ 0.8). Os resultados indicaram que a escala possui evidências de validade para discriminar grupos contrastantes, ou seja, para diferenciar criançasdiagnosticadas com MS daquelas que não apresentaram quadro de MS. Dessa maneira, pretende-se contribuir para a avaliação psicológica infanto-juvenil com uma escala construídae validada para a nossa realidade. |