A persistência do aviamento: colonialismo e história indígena no noroeste amazônico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Meira, Marcio Augusto Freitas de lattes
Orientador(a): Freire, Jose Ribamar Bessa lattes
Banca de defesa: Geiger, Amir lattes, Dodebei, Vera Lucia Doyle Louzada de Mattos lattes, Gomes , Flavio dos Santos lattes, Andrello , Geraldo Luciano lattes, Luciano, Gersem José dos Santos lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Museu Paraense Emilio Goeldi
Programa de Pós-Graduação: PPG1
Departamento: Departamento 1
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1228
Resumo: A presente tese analisa a “longa duração” do sistema de aviamento no oroeste Amazônico, território tradicionalmente ocupado pelos povos Tukano, Aruak e Maku. Nesta região, a colonização teve início no século XVII e, desde a sua gênese até o presente, marcou as relações entre colonos e indígenas, assentando-se no sistema de escambo a crédito que passou a se chamar “aviamento” no século XX. Nesse sistema, “compradores” externos adiantam mercadorias aos “vendedores” indígenas que as pagam com produtos, vinculando-os numa relação de dívida e estruturando uma rede hierárquica de dominação entre “patrões” e “fregueses”. Os indígenas, embora impactados pelas guerras e a escravidão, lograram atuar nesse tempo longo nas margens do regime de violências e assim conservaram e renovaram seu sistema social regional. A análise desta tese conduz a uma abordagem interdisciplinar do processo colonial, estabelecendo um diálogo entre história e memória. Ao tratar do tema da formação e persistência do sistema de aviamento, objetiva demonstrar como ele constitui, ainda hoje, um dos fatores estruturantes da complexa equação que identifica e explica o Noroeste Amazônico.