Corredor ecológico triplo a (andes, amazônia e atlântico) como uma percepção de ameaça à soberania brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Fonseca, Paulo José Chaves
Orientador(a): Cláudio Marin Rodrigues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Guerra Naval (EGN)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/845573
Resumo: O presente trabalho, de abordagem qualitativa, se propõe a contribuir com a questão da segurança e defesa dos interesses do Estado brasileiro, a partir de concepções geopolíticas e geoestratégicas contemporâneas agregadas à Estratégia Nacional de Defesa (END) e investiga, por meio da pesquisa exploratória, descritiva e bibliográfica, a proposta de criação do Corredor Ecológico Triplo A (Andes-Amazônia-Atlântico) e suas possíveis implicações na questão da soberania na Amazônia legal. Nas últimas décadas, a questão ambiental tornou-se um tema fundamental nas discussões travadas por razões com motivações político-ideológicas que ultrapassam o caráter ecológico. Percebe-se na relação entre os países industrializados avançados e os países periféricos, que existe uma clara tentativa dos primeiros, representados por suas corporações econômicas e organizações político-sociais, como as organizações não governamentais (ONGs), de impor ao restante do mundo padrões de percepção sobre a Amazônia. Para tanto, fez-se uma leitura sobre as tensões contemporâneas e seus reflexos na soberania brasileira e uma análise sobre os grupos de pressão (ambientalista e indigenista) e ambiguidades do ambientalismo político sobre a Amazônia brasileira na atual conjuntura do sistema interestatal, onde se constatou como ocorrem as intervenções internacionais, a sua relação com a legitimidade da ação e de que maneira agem, nessa relação, os grupos de pressão da sociedade internacional. Verificou-se que as narrativas ambientalistas sobre a Amazônia se mantêm fortes e se reinventam através de um “global new green deal” para se implantar uma forma de mercantilizar e controlar os recursos naturais estratégicos amazônicos, se apropriar da biodiversidade, e, por fim, manter as disparidades no status quo no concerto das nações. Um Anexo foi incluído para apresentar a Proposta Colombiana de conectividade (Andes-Amazônia-Atlântico). Ademais, este trabalho augura que, de alguma forma, possa ter contribuído com o direcionamento estratégico brasileiro e a projeção de poder do Estado na região amazônica