Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Bastos Junior, Cesar de Souza |
Orientador(a): |
Pannain, Vera Lucia Nunes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/845884
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Nos últimos 30 anos houve grande evolução no conhecimento das lesões serrilhadas colorretais e sua relação com vias moleculares recentemente descritas. A despeito de recente atualização dos critérios morfológicos e mudanças de nomenclatura, o diagnóstico das lesões serrilhadas sésseis (LSS) ainda permanece um desafio diagnóstico, justificando a investigação de métodos adicionais que possam contribuir na sua utilização. OBJETIVOS: Aplicar a classificação da OMS de 2019 a uma amostra de lesões serrilhadas colorretais com base em suas características diagnósticas, morfológicas e imuno-histoquímicas; correlacionar as características morfológicas e os padrões da expressão dos anticorpos ANXA10, MUC1, BRAF, MLH1 e Ki-67, com os diagnósticos das lesões serrilhadas colorretais da amostra; propor a utilização de um escore para o diagnóstico de lesões serrilhadas sésseis; e comparar os adenomas convencionais com as lesões serrilhadas em relação às características diagnósticas, clínicoepidemiológicas, morfológicas e imuno-histoquímicas. MATERIAL E MÉTODOS: Foram analisados 172 pólipos colorretais (serrilhados e convencionais) e verificadas características morfológicas de acordo com a nova classificação da OMS e expressão imuno-histoquímica de BRAF, ANXA10, MLH1, MUC1 e Ki-67. RESULTADOS: Foram identificados 108 pólipos serrilhados e 64 adenomas convencionais (AC). A maior parte dos pólipos serrilhados ocorreu em pacientes entre 50 e 70 anos (p = 0,016) e 50% das LSS foi identificada em cólon direito (p<0,0001). Em relação às alterações morfológicas a presença de dilatação da base, irregularidade de criptas e serrilhamento luminal distal foram as características mais frequentes em LSS. Eosinofilia citoplasmática, núcleos alongados ou “penciloides” e criptas ectópicas foram as principais características de adenomas serrilhados tradicionais. Expressão de BRAF foi observada em cerca de 57,1% dos pólipos hiperplásicos (PH) e 79,2 % das LSS, 54,8% dos PH e 89,6% das LSS mostrou positividade para ANXA10 e nenhuma expressão foi observada em AC (p<0,0001). Localização em cólon direito, expressão de BRAF e ANXA10 mostraram aumento de chances de diagnóstico de LSS (OR: 9,6; OR: 5,0 e OR: 24,2 - p=0,0005, 0,006 e 0,0002), o que permitiu a elaboração de escore com valores de 0 a 9 e, sensibilidade e especificidade, de 66,67% e 83,33%, quando considerado 4 como ponto de corte. CONCLUSÃO: O serrilhamento luminal distal e a irregularidade de 03 ou mais criptas, foram as características mais frequentes em LSS. A maioria dos PH mostrou serrilhamento em terço proximal, sem irregularidade de criptas. Expressão de BRAF foi mais frequente em PH e LSS e, a maioria das LSS exibiu expressão de ANXA10, acima de 50%. A utilização de BRAF e ANXA10, junto com a localização da lesão pode constituir ferramenta adicional para o diagnóstico de lesões serrilhadas. |