Perfil imuno-histoquímico duodenal na polipose adenomatosa familiar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Nava, Marianny Nazareth Sulbaran
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-31032022-144420/
Resumo: Introdução: A Polipose Adenomatosa Familiar constitui doença autossômica dominante, caracterizada pelo desenvolvimento de centenas a milhares de pólipos no cólon e reto, com evolução para câncer colorretal na terceira a quarta década da vida em pacientes não submetidos à proctocolectomia profilática. Pacientes com Polipose Adenomatosa Familiar tem 100-330 vezes maior risco de desenvolvimento de carcinoma duodenal em comparação à população em geral, sendo o adenocarcinoma duodenal a principal causa de morte por câncer em pacientes colectomizados. No entanto, os mecanismos moleculares e fisiopatológicos envolvidos na carcinogênese duodenal em pacientes com Polipose Adenomatosa Familiar não foram ainda devidamente estudados. Objetivo: Correlacionar a expressão de E-caderina, -catenina, p-53, Caspase-3, Bcl-2, COX-2, Ki-67 e PD-L1 com a gravidade da adenomatose duodenal não ampular em pacientes com Polipose Adenomatosa Familiar. Métodos: Foram estudados, prospectivamente, 62 pacientes com diagnóstico de PAF, atendidos no Ambulatório de Poliposes Intestinais do Departamento de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Os pacientes foram submetidos à duodenoscopia com biópsias de áreas com suspeita de adenomas, e de áreas normais adjacentes usadas como controle; e classificados segundo os critérios de Spigelman. O material coletado foi submetido às análises anatomopatológica e imuno-histoquímica pela técnica de Arranjo em Matriz Tecidual. Os marcadores: E-caderina, -catenina, p-53, Bcl-2, Caspase-3, COX-2, Ki-67 e PD-L1 foram comparados entre grupos pré-determinados de Spigelman, sendo representado o grupo 1 por pacientes Spigelman 0, I e II, e o grupo 2 por pacientes com doença duodenal avançada, Spigelman III e IV. Resultados: 62 pacientes foram submetidos à avaliação endoscópica e histológica, com média de idade de 36,1 anos, sendo 32 (51,6%) do sexo feminino. Destes, 50 foram incluídos para análise imuno-histoquímica. Polipose duodenal avançada (Spigelman III e IV) foi identificada em 13/62 (21%) pacientes, 9 (69,2%) homens, com média de idade de 37,61±13,9 anos. Os adenomas de pacientes com doença duodenal avançada (Spigelman III e IV) apresentaram elevada expressão de Ki-67 em maior proporção (85,71% vs 14,29%) quando comparados aos adenomas de pacientes do grupo 1 (p=0,021). A análise qualitativa demonstrou que os adenomas de pacientes com doença duodenal avançada (grupo 2) apresentaram expressão apical de Ki-67 em maior proporção (75% vs 25% p=0,005) quando comparados aos adenomas de pacientes do grupo 1. Não se observou aumento da expressão de Ecaderina, -catenina, COX-2, p53, Bcl-2, Caspase 3, e PD-L1 em pacientes com doença duodenal avançada (p>0.05). Conclusões: A elevada proliferação celular, expressa pelo Ki-67, poderia ser utilizada como marcador de agressividade na polipose duodenal não ampular em pacientes com Polipose Adenomatosa Familiar. E-caderina, -catenina, p-53, Caspase-3, Bcl-2, COX-2 e PD-L1 não tiveram associação com a gravidade da polipose duodenal