O paradoxo da miséria em meio à riqueza do petróleo: uma análise da militância no Delta do Níger

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Noritomi, João Ricardo
Orientador(a): Peçanha, Otacilio Bandeira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Guerra Naval (EGN)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/844800
Resumo: Desde a década de 1990, diversos autores estudam os mecanismos que relacionam a renda proveniente da exploração de recursos naturais valiosos com o subdesenvolvimento e a ocorrência de guerras civis. No caso da exploração do petróleo, suas particularidades afetam não somente a economia do estado produtor, mas moldam de maneira disfuncional o setor privado, a estrutura governamental e as relações entre o governo e a população, criando um ambiente favorável ao surgimento de conflitos internos. Este estudo tem como propósito investigar a relação entre a riqueza do petróleo e os conflitos internos existentes na região do Delta do Rio Níger, através da análise dos aspectos históricos, econômicos, políticos e étnicos da Nigéria, bem como das características da militância na região, com ênfase no período desde a redemocratização do país, em 1999, até os dias atuais. Para atingir esse propósito, foram tomadas como base as hipóteses propostas por Michael L. Ross sobre a influência que a exploração de recursos naturais valiosos, em particular o petróleo, tem sobre o surgimento de conflitos internos. Analisando os fatos a partir dessa perspectiva, concluiu-se que, embora as questões étnicas e religiosas existentes na Nigéria por si só já proporcionam um ambiente favorável ao surgimento de conflitos, o petróleo teve papel central na construção do contexto em que se desenvolveu a militância no Delta do Níger, bem como para seu ressurgimento após a anistia de 2009.